Expoagro Digital

Expoagro Digital projeta movimentar R$ 100 milhões em negócios

Setor do agro está aquecido e mesmo diante do atual cenário econômico mundial, as vendas de equipamentos e máquinas continuam em alta

14 SET 2021 • POR Marli Lange • 09h30
Conforme o presidente do Sindicato Rural, o cenário permanece positivo para o agronegócio - Divulgação

A principal vitrine do agronegócio de Mato Grosso do Sul, a Expoagro, deve movimentar cerca de R$ 100 milhões de negócios durante os quatro dias de evento – 14 a 17 de setembro. A expectativa é do presidente do Sindicato Rural, o engenheiro agrônomo e consultor Ângelo Ximenes. 

Embora o momento econômico vivido pelo país não seja tão animador, o setor do agronegócio movimenta a economia sul-mato-grossense e mantém geração de emprego, o que mostra a importância e a força do campo.

 “O Brasil é hoje um país independente graças ao agronegócio produtivo, diversificado, sustentável e moderno que mantém, aproveitando o potencial de seus recursos naturais para o bem de seus cidadãos”, avalia Ângelo. Porém, diante das mudanças climáticas, ele diz que é preciso maior atenção do setor, principalmente no que diz respeito à tecnologia. 

O volume de vendas da Expoagro, que pela primeira vez está sendo realizada de forma digital,  será respaldado principalmente em negócios relacionados a maquinários e equipamentos agrícolas.

Conforme o presidente do Sindicato Rural, o cenário permanece positivo para o agronegócio e, considerando o bom desempenho das commodities e o valor do dólar, a demanda de tratores e máquinas agrícolas deve se manter aquecida.

Para o ano que vem a expectativa é a de que a Expoagro ocorra no mês de maio, período tradicional de realização da feira. Como o digital veio para ficar, a proposta é a de realizar um evento híbrido - parte presencial e online, principalmente técnica, com participação de especialistas renomados que poderão oferecer palestras na feira de onde estiverem. 

Bom momento
O agronegócio brasileiro assumiu o protagonismo histórico no desenvolvimento econômico e social do país. Produção de grãos próxima de 300 milhões de toneladas, carnes com 28 milhões de toneladas, receita cambial com potencial para US$ 120 bilhões. Tudo isso faz com que o agronegócio tenha uma participação decisiva no PIB, respondendo por mais de 30% do total. 

Mas assume esse protagonismo não por acaso. Assume depois de 60 anos de pesquisa, de inovação, de muito trabalho em que os produtores rurais hoje vêm produzindo cada vez mais, uma alta produtividade, usando menos espaço. Conforme Ângelo Ximenes, as tecnologias de hoje do mercado - precisão, drones, adubação, entre outros - eleva a produtividade. Prova disso é que o País é um dos poucos com duas safras no ano. 

Dono de empresa de consultoria e planejamento agropecuário, Ângelo diz que os produtores rurais precisam expandir as culturas. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, há ocorrência de perda de lavouras em razão de haver plantio fora de época. Com o preço do grão vantajoso, produtores arriscam e nem sempre se dão bem. Como solução estaria investir no trigo, aveia, que não dão rentabilidade grande, mas se alcança retorno melhor.