IMPRESSO

Doações ao Banco de Leite de Dourados normalizam e salvam vidas de crianças

Serviço utiliza cerca de 170 litros de leite. Para ser doadora basta ligar para (67) 3410-3002

4 JUL 2021 • POR Filipe Prado • 12h00
Banco de Leite está com estoque e doações normalizados, após período inicial da pandemia - Divulgação

Após uma queda brusca nas doações, devido a pandemia da Covid-19, o Banco de Leite Humano (BLH) Hilda Bergo Duarte, do HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados) volta a normalidade. O local é referência na coleta e atendimento, salvando vidas de crianças do município.

A nutricionista Rita de Cássia Mendes, responsável pelo BLH do HU-UFGD, relatou que no início da pandemia as doações caíram 40%, porém atualmente as mães voltaram a realizar as doações, e o estoque segue normalizado.

O Banco de Leite mensalmente utiliza cerca de 170 litros de leite, que são doados preferencialmente para recém-nascidos e bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). A prioridade são as crianças em risco, ou seja, aquelas que pesam menos de 1,5 kg.

São atendidos por mês, em média, 55 prematuros e há em torno de 50 doadoras externas, porém há sempre a necessidades de agregar novas doadoras.

Rita de Cássia explica que o processo para doação é simples, e é feito sem que a mãe saia de casa. “É só entrar em contato com o banco de leite, que nós agendamos uma visita no seu domicílio, fazemos o cadastro, orientamos sobre a ordenha e armazenamento de leite e levamos frascos esterilizados. Depois, semanalmente passamos na casa da doadora para recolher o leite ordenhado e entregar um frasco vazio”, explicou.

A nutricionista ainda ressalta que assim que o leite chega no hospital é processado, seguindo o protocolo da Rede de Banco de Leite Humano.

Entre as mães que se benefi- ciaram do Banco de Leite, está Amanda Eloi Pereira Marques, 21 anos. O seu filho, Miguel Mar- ques Melo, nasceu no dia 23 de maio, de forma prematura, por isso, ela não pode ter contato com a crianças, realizando a or- denha para poder amamentá-lo.

“Como meu filho é prematuro não podia pegar ele e nem ama- mentar, o único jeito que eu po- deria ajudar ele, era fazendo or- denha para meu leite ir até ele pela sonda”, lembrou Amanda, que utilizou o Banco de Leite por 28 dias, até poder amamentar o filho. Para Amanda, a experi- ência foi diferente e, ao mesmo tempo, inesquecível, porque po- de entender a situação de mui- tas mães douradenses. “Foi uma experiência muito diferente pra mim, inesquecível, aprendi mui- tas coisas com as meninas do banco de leite”.

“Sim, hoje eu incentivo mesmo, porque muitas mães não tem lei- te para os bebês e o leite materno é muito importante para eles”, completou a mãe. 

Como ser doadora

Para ser doadora basta ligar para (67) 3410-3002, em horário comercial. Será agendada uma visita com a enfermeira ou com a nutricionista do Banco de Leite, que irá fazer o ca- dastro no domicílio e explicar como fazer a ordenha e como armazenar o leite ordenhado. Em Dourados o Banco de Lei- te Humano do HU-UFGD é o único da cidade. Mas, no esta- do de Mato Grosso do Sul, tem mais quatro bancos de leite, em Campo Grande.