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Aumenta 55% o número de profissionais em Home Office

4 MAI 2021 • POR Charles Aparecido • 08h22
“Hoje me conecto com o mundo todo através de ferramentas online como o Zoom, empreendo como uma empresa que está em 147 Países. O momento on-line favoreceu muito meu trabalho” Gisele de Castro Além (Empreendedora e Treiner) - Divulgação

Segundo o relatório da Eurofund e Organização Internacional do Trabalho (OIT), antes da pandemia apenas menos de 3% dos assalariados no mundo trabalhavam de casa. Uma pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), feita com 1.566 pessoas, mostra que 55% dos brasileiros entrevistados não trabalhavam em Home Office. 

A pesquisa aponta que 70% dos entrevistados gostaria de continuar trabalhando em home office. A empresária Gisele de Castro Além, é uma das pessoas que aprova a metodologia de trabalho: “o on-line é funcional e economiza tempo e dinheiro”, afirma. Sua forma de pensar mudou quando percebeu que não era necessário estar presente pessoalmente em suas atividades profissionais para trabalhar como empreendedora e coach. 

“Hoje me conecto com o mundo todo através de ferramentas on-line como o Zoom, empreendo como uma empresa que está em 147 Países. O momento on-line favoreceu muito meu trabalho”, ressalta a empreendedora e Treiner Gisele de Castro Além. Dos profissionais pesquisados pela FEA-USP durante a pandemia, 55% não trabalhavam antes em Home Office, 33% eram esporadicamente e apenas 8% deles disseram que já trabalhavam desta forma antes do COVID-19. 

Em 2019 as faculdades tiveram que aderir em seus cursos presenciais o sistema EAD - Ensino a Distância, neste período a Psicóloga Aline L. Seline concluiu sua graduação na UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados e teve que se adaptar ao remoto. “É marcante olhar para trás e ver que os desafios enfrentados na transição do ensino presencial para o remoto necessitaram de uma resiliência que fez a diferença no momento de se laçar para o mercado de trabalho”, ressalta a Psicóloga. 

Em entrevista ao PROGRESSO Aline afirma que recebeu todo o suporte da faculdade e por isso hoje é capacitada para os atendimentos remotos que sua profissão disponibiliza. Vale ressaltar, que os atendimentos remotos já eram uma opção antes mesmo da pandemia, porém essa modalidade se tornou ainda mais necessária. 

A pratica é respaldada pela resolução CFP nº 004/2020, que apresenta normativa específica a este período de pandemia, complementando a Resolução CFP nº 011/2018 que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação. “Como profissional da Psicologia meu objeto é oferecer a escuta, promover o acolhimento, por meio dos atendimentos online”, conclui a Psicóloga Aline L. Seline.

“Novo normal” 

É evidente que a pandemia está mudando os hábitos. Home office, videoconferências e live esse é o “novo normal” do mundo. Segundo Gisele de Castro essa realidade é fundamental para este período de pandemia pois: “as pessoas estão nas redes, independentes de estarem isoladas ou não, todos estão conectados o tempo todo. Quem não está no on-line está morto para o mercado”, afirma a empresária. 

Home Office 

Algumas profissões e atividades de trabalho não é possível ser efetuada remotamente, entretendo o Home Office no ambiente doméstico é favorável para o equilíbrio entre vida pessoal e o trabalho. Os principais desafios encontram-se na relação da chefia com seus colaboradores e o aumento da conta de luz e água, ainda assim, 70% dos entrevistados desejam continuar em Home Office. Dos respondentes, 94% consideram- -se comprometidos com suas organizações, indicando que a prática do Home Office não interferiu nessa dimensão.