ESPECIAL

A informação como serviço essencial na pandemia

24 ABR 2021 • POR O PROGRESSO • 15h30

A informação é item fundamental para evitar a ocorrência e a disseminação de doenças. A afirmação é do médico pediatra Eduardo Marcondes, leitor assíduo de O PROGRESSO. 

“Quando falo em informação em saúde, me refiro desde aquela que sempre lutei, inclusive como vereador, para que fosse tema de sala de aula desde às primeiras séries, até a macro informação, veiculada nos meios de comunicação”, afirmou Marcondes, que é um dos poucos gestores que passaram pela Secretaria Municipal de Saúde por duas gestões e possui MBA de Gestão em Saúde Pública(FGV). 

Ele ponderou ter plena consciência de que os meios de comunicação são empresas e, como tal, visam dar lucro a seus proprietários, que geram empregos, investem em matéria-prima e buscam oferecer ao consumidor final produtos de qualidade, sobretudo porque todos os mercados estão cada dia mais competitivos, da medicina à comunicação, da indústria automotiva à indústria da construção civil. 

“Em todos os casos, porém um requisito é fundamental: a responsabilidade social”, assinalou. “No momento atual, com essa pandemia que muda a cada dia indicadores, procedimentos intra-hospitalares e extra-hospitalares, como a dicotomia distanciamento físico/social e flexibilização, é fundamental que haja uma parceria entre leitores e os veículos de comunicação de todas as modalidades e seus profissionais”, conclamou o médico. 

“Os jornais sendo extremamente rigorosos na checagem dos dados, das recomendações e informações em geral sobre o causador da pandemia, o Coronavírus”, detalhou. ‘Os leitores sendo também rigorosos e evitando versões. Doença é coisa para médico. Doença específica para médicos especialistas, no caso os infectologistas, conquanto profissionais de outras especialidades não possam colaborar, como inclusive já vem fazendo”, enfatizou Marcondes, acrescentando que como a pandemia é uma justificada preocupação de toda a população, “é natural que surjam “especialistas” com soluções caseiras e comentários tantos que confundem ainda mais uma situação que está a exigir a cada dia novas medidas para ser evitada, tratada e curada. Eduardo Marcondes aplaudiu a forma como O Progresso vem tratando do tema. 

“O jornal tem sido um exemplo da responsabilidade social, como aliás tem sido uma regra ao longo de toda a sua história. Meios de comunicação sérios assim podem contribuir e muito para que os governos, nas três esferas, estabeleça os serviços e políticas de enfrentamento à pandemia” elogiou. Marcondes, que é pediatra, concluiu a entrevista reforçando alerta feito em matéria publicada recentemente em O Progresso. 

“Os casos já registrados de mortes inclusive de bebês reforçam a necessidade de que as autoridades, pais, cuidadores, educadores e toda a sociedade dêem uma atenção especial às crianças. Elas transmitem muito mais infecção por via respiratória pelo contato com outros meninos e meninas, além da proximidade que têm com os adultos”, explicou o médico. 

“É um grupo de risco e por isso devemos ficar atentos, seja na atenção às condições dos espaços de uso coletivo, seja nas residências, onde a assepsia e profilaxia é fundamental”, enfatizou.