ESPECIAL

2010: CPI da Saúde e Dourados no “olho do furacão”

23 ABR 2021 • POR Luiz Guilherme • 08h30

O fim da primeira década dos anos 2000 entrou para história douradense, sobretudo a política. Em 2010, a maior cidade do interior de Mato Grosso Sul acompanhou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal, que investigou a saúde do município, e a notícia foi manchete do jornal O PROGRESSO no dia 21 de abril daquele ano.

O objetivo da CPI foi investigar a gestão atual da época – o então prefeito Ari Artuzi (in memoriam), e os anos de 2008 e 2009, no que diz respeito aos contratos de terceirização de atendimento médico hospitalar firmados pelo município.

Ainda em 2010, outro fato fez Dourados virar manchete no O PROGRESSO, mas também em todo o Brasil, foi a prisão do chefe do Executivo (Artuzi), secretários municipais vereadores e demais servidores públicos, pela Polícia Federal, entre 1º e 2 de setembro.

A cidade passava por um verdadeiro ‘furacão’. A população se viu sem prefeito, e praticamente sem representantes no Legislativo, e com um juiz assumindo o comando da segunda maior economia de Mato Grosso do Sul. Também foi matéria no O PROGRESSO os protestos pedindo ‘Fora Ari’, realizado por populares e comerciários em frente à seda PF.

Os escândalos de corrupção foram muitos. Para relembrar, teve até dinheiro público desviado para gravação de CD, por parte do vice-prefeito da época, segundo indicava relatório da Polícia Federal.

No Brasil

Voltando para o dia 21 de abril de 2010, este jornal também noticiou a ocupação de 68 fazendas em todo o país, por integrantes do Movimento Sem Terra (MST). “Integrantes do Movimento ocuparam sete unidades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao menos 68 fazendas de 11 estados. Ontem, foram ocupadas a sede nacional do instituto, em Brasília, além das superintendências do órgão em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí e Paraíba. Em Pernambuco, o prédio do Incra foi ocupado no último sábado (17). O MST ainda contabiliza a invasão de 68 “latifúndios” localizados nos estados de Pernambuco (25), da Bahia (15), de São Paulo (11), da Paraíba (5), de Sergipe (4), de Alagoas (2), do Ceará (2), do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de Minas Gerais e de Mato Grosso do Sul (uma em cada estado)”.