Memórias

Há 11 anos Dourados dava adeus a Vivaldi de Oliveira

Ele foi prefeito e vereador em Dourados, além de deputado estadual e pré-reitor da UEMS

4 ABR 2021 • POR Vander Verão, Especial para O Progresso • 07h00

O ex-prefeito de Dourados, Vivaldi de Oliveira, morreu na madrugada do dia 3 de abril de 2010, no Hospital Evangélico, vítima de derrame cerebral, aos 86 anos de idade. Ele nasceu em Andradas (MG), no dia 11 de outubro de 1924. Era contador.

Vivaldi também exerceu os cargos de vereador, prefeito e deputado estadual. Por muitos anos, foi o chefe da Junta Comercial em Dourados. A sua última função pública foi como pré-reitor da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), quando da implantação da Universidade em nossa cidade.

Vereador

Vivaldi de Oliveira foi eleito vereador em 1954 e tomou posse em janeiro de 1955. Mas, a sua eleição para a Câmara de Dourados só foi confirmada em dezembro de 1954 (a eleição foi em outubro). É que o Tribunal Regional Eleitoral mandou computar os votos da 6ª seção que funcionou no Hotel Coimbra, e que haviam sido anulados pela Junta Apuradora.

O resultado inicial indicava a vitória de José Joel Saburá com 152 votos, um voto a mais que Vivaldi de Oliveira, 151. No entanto, com a decisão do TRE, Vivaldi passou a ser o candidato mais votado da chapa do PTB e, assim, assumiu o mandato.

Vivaldi foi eleito presidente da Câmara em 1955, e depois reeleito para o mesmo cargo em 1956.

Em fevereiro de 1955, foi realizado em Maracaju, o casamento de Vivaldi Oliveira e Odalíria Olegário de Lima, que residia naquela cidade. O casal teve dois filhos: Maria Aparecida e Vivaldi de Oliveira Filho

O presidente da Câmara, Vivaldi de Oliveira, fez parte de uma comissão que foi até à cidade do Rio de Janeiro, então capital brasileira, em setembro de 1956, reivindicar a implantação de uma agência do Banco do Brasil em Dourados. Naquela época, funcionava aqui uma sub-agência do BB, que seria transformada, posteriormente, em agência do BB. Além de Vivaldi, também fizeram parte dessa comissão Antonio Morais dos Santos (prefeito), Wilson Benedito  Carneiro, Walmor Borges (vereador), Izzat Bussuan e Toshinobu Katayama.

Em agosto de 1955, a Câmara de Dourados aprovou requerimento de Vivaldi de Oliveira, considerando o dia 24 de agosto como o Dia de Luto Municipal, em homenagem ao ex-Presidente Getúlio Vargas, pela passagem do primeiro ano de sua morte.

Ainda naquele ano, Vivaldi de Oliveira apresentou um projeto de lei, com o também vereador Weimar Torres, concedendo abono de Natal aos funcionários do Município, correspondente a um mês de vencimento salarial.

Prefeito

Vivaldi exerceu o cargo de prefeito de Dourados pelo PTB, no período de 1959/63. Ele foi eleito em outubro de 1958, com 2.789 votos. A votação dos outros candidatos foi a seguinte: João Augusto Capilé Jr, 2.608; Vlademiro Muller do Amaral, 2.343; e Milton Milan, 1.478 votos.

Naquelas eleições também foram eleitos os seguintes juízes de paz: José Inácio de Oliveira (Dourados); Alcides Pereira Machado (Juti); Jaime Targas (Itahum); Emiliano Alves Stein (Guassú); e Isaac Espinosa (Caarapó).

Deputado

Vivaldi de Oliveira (PTB) foi eleito deputado estadual em outubro de 1962 e assumiu o cargo em janeiro de 1963. Vivaldi obteve 4.524 votos. Além dele, Dourados elegeu outros dois deputados: Antonio Alves Duarte (UDN), 3.521 votos; e Weimar Torres (PSD), 2.466 votos.

No final daquela década, Vivaldi de Oliveira deixou a vida política e passou a dedicar-se ao espiritismo e atividades particulares, principalmente no ramo de contabilidade.

Espírita convicto, Vivaldi de Oliveira foi eleito 1º secretário/tesoureiro da “Fraternidade do Anjo Ismael”, em outubro de 1976, que era presidida por Vlademiro Muller do Amaral. Os outros componentes da diretoria eram: Edisson Fernandes Neto, 1º secretário/tesoureiro; Cider Cerzósimo de Souza, bibliotecário; e Theotônio Alves de Almeira, conselheiro jurídico.