Futebol

Palmeiras x Santos será 3ª final brasileira da história da Libertadores

A partida começa às 17h (horário de Brasília) de sábado, no Maracanã

26 JAN 2021 • POR • 16h05

Neste sábado, Palmeiras e Santos farão apenas a 3ª final brasileira da longa história da Conmebol Libertadores.

Santos, que venceu o Boca Juniors, e Palmeiras, que passou pelo River Plate, ambos da Argentina, se enfrentam às 17h (horário de Brasília), no Maracanã. Por causa da pandemia do novo coronavírus, o jogo será disputado com portões fechados.

Em 2005, São Paulo e Athletico protagonizaram a primeira final nacional da história da competição. Depois, no ano seguinte, o Tricolor enfrentou o Internacional

Relembre como foi cada uma das finais brasileiras:

2005

Jogo de ida: Athletico-PR 1 x 1 São Paulo

A grande decisão de 2005 teve uma enorme polêmica antes da bola rolar. Como a Arena da Baixada não tinha capacidade para 40 mil pessoas, o clube paulista e a Conmebol não aceitaram que o jogo fosse realizado em Curitiba, mesmo com arquibancadas tubulares instaladas no estádio. Com isso, a partida foi realizada no Beira-Rio, em Porto Alegre, a contragosto de Athletico-PR.

Em campo, o Furacão começou muito bem, abrindo o placar com Aloísio "Chulapa", um dos grandes destaques daquele time, logo aos 14 do 1º tempo. Mas o Tricolor possuía uma excelente equipe e controlou a pressão rubro-negra até esfriar o adversário e conseguir o empate. O tento paulista saiu no início do 2º tempo, em um gol contra do zagueiro Durval.

Jogo de volta: São Paulo 4 x 0 Athletico-PR

No Morumbi lotado, o São Paulo abriu o placar aos 16 do 1º tempo, dando a impressão de que venceria o jogo com facilidade. No entanto, praticamente no último lance da etapa inicial, o Athletico teve a chance de empatar de pênalti. O técnico Antônio Lopes até fez reza fervorosa na beira do campo, mas o camisa 10 Fabrício bateu para fora e desperdiçou a oportunidade.

O lance abalou completamente o Furacão e deu o Tricolor o impulso que faltava. E, dessa forma, no 2º tempo, o time da casa sobrou em campo e construiu uma goleada inapelável, faturando sua 3ª Libertadores com justiça. Fabão, Luizão e o jovem Diego Tardelli, então uma revelação das categorias de base, construíram o 4 a 0.

Na sequência, o São Paulo conseguiu segurar a maioria de seus destaques e foi campeão do Mundial de Clubes em cima do Liverpool, no Japão. Já o Athletico viu seu bom elenco ser desmantelado pouco a pouco, com destaques deixando a equipe para clubes do futebol nacional e internacional - Aloísio, inclusive, foi jogar no próprio time do Morumbi.

2006

Jogo de ida: São Paulo 1 x 2 Internacional

O São Paulo chegou à final como favorito, já que era o atual campeão da competição e possuía a mesma espinha dorsal do título de 2005, com o ataque sendo o único setor que sofreu grandes alterações. No entanto, um lance logo aos 10 minutos de jogo mudaria a história daquela decisão continental: Josué acertou cotovelada em Rafael Sóbis e foi expulso pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda.

Com um a menos, o Tricolor ficou exaurido para tentar marcar o ataque colorado, que tinha Jorge Wagner "voando" pela esquerda, Alex e Tinga com grande dinamismo no meio e Rafael Sóbis e Fernandão infernizando o tempo todo na área. Aos 38, Fabinho também foi expulso do Inter, mas o "estrago" na estamina são-paulina já estava feito.

No 2º tempo, Rafael Sóbis marcou duas vezes e deu ao Inter uma boa vantagem. Edcarlos ainda descontou para os mandantes, mas a equipe gaúcha conseguiu segurar o triunfo em pleno Morumbi. Após a partida, os atletas são-paulinos reclamaram muito da expulsão de Josué, alegando que o árbitro havia sido muito rígido e que o lance alterou totalmente o equilíbrio da final.

Jogo de volta: Internacional 2 x 2 São Paulo

Para o 2º jogo, em Porto Alegre, o São Paulo teve uma notícia ruim logo de cara: o Betis, da Espanha, requisitou o retorno do atacante Ricardo Oliveira, que estava emprestado, e o centroavante, que havia sido titular no duelo de ida, foi impedido de atuar no Beira-Rio. Com isso, Muricy Ramalho optou por formar o ataque tricolor com Leandro e Aloísio "Chulapa".

O Inter abriu o placar aos 29 do 1º tempo, em um lance muito contestado pelos são-paulinos: após cruzamento de Jorge Wagner, Rogério Ceni deixou a bola escapar, mas tentou retomar o controle. Ao mesmo tempo, Fabiano Eller "cutucou" a redonda com o bico do pé, e Fernandão mandou para as redes. Os paulistas alegaram que Ceni tinha domínio e pediram falta, mas a arbitragem nada marcou.

A 2ª etapa foi uma loucura total: Fabão empatou para os visitantes, Tinga recolocou o Internacional na frente e Lenílson empatou em 2 a 2 faltando cinco minutos para acabar. O São Paulo pressionou muito em busca do gol da vitória (que levaria para a prorrogação), mas o Colorado segurou o empate na base da raça e das defesas de Clemer, conquistando a Libertadores pela 1ª vez em sua história.