Saúde

Pesquisadores da Uespi identificam em planta moléculas com capacidade de inibir a Covid-19

Composto foi encontrado na planta Jaborandi por grupo de Química

14 JAN 2021 • POR Portal AZ • 11h30

Pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí identificaram compostos na planta Jaborandi com possível capacidade de inibir o agente causador da Covid-19. O estudo In Slico foi publicado, nesta terça-feira (12), na revista Molecular Simulation, do Reino Unido.

O Grupo de Química Quântica Computacional e Planejamento de Farmácos da UESPI está sob coordenação do professor Dr. Francisco das Chagas Alves Lima, segundo ele, mais seis moléculas também foram testadas.

"O Jaborandi é uma plana muito conhecida e utilizada, por exemplo, para Glaucoma. Percebemos que algumas moléculas do Jaborandi têm grupos funcionais parecidos com moléculas da fruta do Buriti. Após isso que resolvemos fazer o esrudo In Slico para saber se essas moléculas tinham potencial para inibir a Covid-19. Felizmente obtivemos excelentes resultados, mas que precisam prosseguir para testes In Vitro (laboratoriais) e In Vivo (cobaias)", explica o professor de química.

Mulheres na ciência 

Rayla Magalhães, aluna de Iniciação Científica, também esteve presente na pesquisa. Ela foi a responsável por identificar predições de absorção e distribuição. Ela reforça a importâcia do trabalho à nível piauiense e o destaque às mulheres dentro da ciência.

"Essa é uma fase considerada de extrema importância na triagem de novas drogas para reduzir o tempo de síntese e testes em animais no prosseguimento dos estudos. Enquanto mulher, acredito que minha participação reforça que nós podemos estar em todos os âmbitos da sociedade, inclusive na ciência", disse a estudante.

Buriti

Essa não é a primeira vez que o Grupo de Química Quântica Computacional da UESPI produz estudos sobre o novo Coronavírus. Em junho de 2020, O professor Francisco Lima relatou ter encontrado substâncias extraídas do óleo da fruta de Buriti com capacidade de inibir a Covid-19. Após a divulgação desta pesquisa em publicações científicas, o docente afirma que seus estudos estão sendo utilizados em laboratórios por pesquisadores da Índia e do Reino Unido.