Edição Especial

João Rosa Góes: pioneiro que democratizou a informação

Os adultos ouviam as notícias, reunidos na varanda do pioneiro, que tinha um rádio de pilha

20 DEZ 2020 • POR • 10h00

Antes de ser denominada João Rosa Góes, em 1966, a rua se chamava Sergipe. O patrono, paranaense de São José da Boa Vista (PR), chegou em Dourados no ano de 1919 e, em 1922, foi nomeado Agente dos Correios do Distrito de Dourados com a incumbência de implantar aqui uma Agência, o que ocorreu em 30 de maio em 1924. Historicamente, duas instituições continuam sendo referências nesta rua: a antiga sede da Prefeitura Municipal de Dourados, instalada por volta de 1951 (hoje Casa dos Conselhos) e a Escola Presbiteriana Erasmo Braga, criada em 1939. A Agencia dos Correios era uma casa construída em madeira, contendo uma placa identificando o órgão com os dizeres “Agência Correios”. Era o principal prédio do então Patrimônio de Dourados.

Uma curiosidade: com a implantação da Agência dos Correios, Dourados recebeu uma nova força para o incremento e a modernização dos veículos de comunicação, pois durante muito tempo as notícias aqui chegaram através de viajantes ou por intermédio do famoso rádio-a-pilha de propriedade de João Rosa Góes. Os adultos ouviam as notícias, reunidos na varanda do proprietário, enquanto as crianças brincavam. Para lá, as famílias se dirigiam normalmente vestindo pala, chapéu e, portanto lanterna, tendo em vista o clima e a falta de iluminação elétrica.

João Rosa Góes foi casado com Claudina Rosa e tiveram os ¬ filhos Júlia, Alcides e Emydio. Além de funcionário público, foi comerciante: fundou a Casa Camponesa. Morreu aos 19 de setembro de 1938, em Campinas (SP). A Rua João Rosa Góes passa pela área central e pelos bairros Jardim América e Vila Progresso.