Saúde

Teste rápido da Covid-19 é feito após 8 dias de sintomas

Em Dourados, Corpo de Bombeiros explica a diferença de cada exame e em quais casos são utilizados

30 NOV 2020 • POR • 14h13

Os sintomas da Covid-19 surgem e pacientes ficam em dúvida sobre qual teste fazer o rápido que é de sangue (RT-PCR) ou o do cotonete. Em Dourados, o tenente do Corpo de Bombeiros Willian Douglas Oliveira dos Santos, explica que o que vai definir o tipo de exame é a quantidade de dias de sintomas. Até o 8º dia é feito o teste do cotonete. Após essa data é recomendado o exame de sangue. Isto porque o teste rápido não é capaz de detectar a presença do vírus ou a produção de anticorpos antes desse período. Tudo é definido no agendamento. O paciente entra em contato com 0800 647 0911 e são feitas várias perguntas ao pacientes como quais os sintomas e dias de duração.

Considerado o “padrão ouro” ou “padrão de referência”, o RT-PCR é o exame que identifica o vírus e confirma a covid-19. Para isso, o teste busca detectar o RNA do vírus através da amplificação do ácido nucleico pela reação em cadeia da polimerase. Esse teste deve ser realizado no início da doença, especialmente na primeira semana, quando o indivíduo possui grande quantidade do vírus Sars-CoV-2.

As amostras são coletadas através de swabs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). A abordagem do exame, no momento, é do profissional de saúde que está atendendo o paciente no hospital, ambulatório ou consultório. Isso porque é preciso saber a fase da doença para a coleta da amostra.

No entanto, se o vírus Sars-CoV-2 for pesquisado muito precocemente após o contato suspeito, o indivíduo pode estar infectado, mas ainda sem vírus detectável (resultado de RT-PCR falso-negativo). O mesmo resultado pode ser encontrado se a amostra for coletada após o desaparecimento do vírus (mais de 3 semanas de doença). Isso ocorre, às vezes, porque os resultados não são definitivos, uma vez que podem não ser claros. O resultado falso-negativo ocorre quando o teste deveria ser positivo porque o indivíduo possui covid-19, mas aparece negativo. Já o falso-positivo, ao contrário, é quando o teste deveria ser negativo porque o indivíduo não possui o vírus, mas o resultado é positivo. Isso pode levar à quarentena desnecessária e problemas para rastreamento dos contatos; enquanto resultados falso-negativos podem levar à não identificação de pessoas infectadas e disseminação da infecção.

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que os resultados dos testes devem ser sempre avaliados por um profissional de saúde, que pode solicitar a repetição do exame ou a realização de outros exames.

Teste rápido

Enquanto o RT-PCR deve ser realizado no início da doença, os testes sorológicos, conhecidos como teste rápido, sendo coletada pequena amostra de sangue do dedo, são feitos a partir da segunda semana, quando a quantidade de vírus diminui progressivamente e o indivíduo produz anticorpos contra o vírus, principalmente das classes IgG e IgM. Os anticorpos da classe IgM são mais precoces, e podem ser detectados a partir da segunda semana de infecção. Já os da classe IgG aparecem mais

tardiamente, geralmente após 14 dias da infecção, e persistem por mais tempo.
O uso de testes sorológicos, até o momento, é mais indicado para auxiliar a identificar grupos ou populações que já tiveram contato com o vírus. Assim, o gestor de saúde pode, por exemplo, avaliar a população ou grupo de risco para adotar medidas de controle.