Estilo

Douradense tem antigomobilismo como um estilo de vida

Segmento mobiliza mercado de carros antigos e grupos de amigos que adoram viajar com veículos que marcaram época

30 SET 2020 • POR Gracindo Ramos • 08h02

O empresário douradense Celso Carvalho do Amaral é um apaixonado por relíquias automotivas. Ele é um dos fundadores do ‘Hot Rods Dourados’, um grupo de amigos que viaja de carros antigos. O antigomobilismo é um segmento que vem crescendo no país e consiste na preservação, restauração e manutenção de carros que marcaram época. “O antigomobilismo é tão envolvente que acaba se tornando um estilo de vida”, diz o adepto da categoria em entrevista ao O PROGRESSO. 

“Qualquer veículo com mais de 30 anos é considerado um antigo. Os destaques são os mais raros ou mais admirados dentro das suas categorias”, afirma Celso, que ingressou na modalidade em 2004. Seu primeiro veículo antigo foi uma Ford Willys Rural, ano 1975, equipada com motor V8 (8 cilindros dispostos em 2 plataformas de 4 cilindros, unidas pela parte de baixo, formando um ‘V’), com suspensão e rodas Big Foot. “Depois que fiz esse projeto, não parei mais”, conta ao explicar como surgiu o seu apego aos veículos antigos. Hoje, o proprietário de carros antigos revela que sua “escola dentro do antigomobilismo é o Hot Rod, que se trata do antigo modificado para performance e segurança, mas mantendo a aparência externa original”. 

Quanto mais original o veículo, mais valorizado ele é no mercado, que mostra expansão com crescimento do comércio e oficinas especializadas no seguimento. O empresário explica que as marcas originais de idade do veículo é que valorizam o carro antigo. Mas alerta que, “muitas vezes, um clássico fantástico fica abandonado, porque o dono resolve fazer uma reforma em oficinas não especializadas e acaba abandonado o projeto. Quando chega nesse ponto, a restauração fica mais cara que o veículo”.


Celso do Amaral pertence à várias diretorias de clubes de antigomobilismo, em nível local e nacional. Ele é da diretoria do ‘Rod Hot Brothers’, um grupo nacional de amigos que possuem carros antigos. “Já viajamos com eles por diversos eventos pelo Brasil, como Curitiba, Londrina, Itajaí e Poços de Caldas. Também já fomos para o Uruguai e a Argentina com carros antigos”, conta. Também compõe o Clube do Fusca e Carro Antigo de Dourados (CFCAD), que tem uma grande quantidade de participantes e sempre é destaque em eventos regionais. E faz parte da diretoria do Automóvel Clube de Dourados (ACD), fundado pelo “nosso saudoso amigo Mário Marchiolli, campeão de arrancadão do Estado”, lembra Carvalho.

Os adeptos de veículos raros, que se interessam pela prática, têm investido progressivamente na categoria e vêm movimentando o setor de relíquias automotivas, com projetos de restauração e manutenção de automóveis da categoria. O douradense afirma que “nos grandes centros já existe bastante empresas especializadas, principalmente em restauração de carros antigos. Em Dourados, também já temos oficinas que atendem, preferencialmente, carros antigos. A tendência é esse ramo se fortalecer cada vez mais, como é, hoje em dia, por exemplo, nos Estados Unidos”.