Esperança

Voluntários se reinventam para levar alegria no hospital

Grupo Bem-Me-Quer utiliza vídeos para continuar levando sorrisos e esperança no Hospital Universitário e entidades assistenciais

29 SET 2020 • POR Valéria Araújo • 09h56

Levando alegria há 13 anos aos pacientes do Hospital Universitário e entidades assistenciais como Lar dos Idosos e Lar Santa Rita, os voluntários do grupo Bem-Me-Quer, projeto inspirado no “Doutores da Alegria” precisou se reinventar nesse período de pandemia do novo coronavírus. Para continuar levando sorrisos e esperanças eles gravaram vídeos com música e mensagens de otimismo aos pacientes e também para os profissionais da Saúde que continuam na linha de frente.

Desde março, os mais de 70 voluntários, que fazem trabalho de contação de histórias, música e clown (palhaços) se viram obrigados a deixar os corredores dos hospitais, mas a vontade de voltar é enorme. De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a acadêmica de medicina Poliana Lourenço Gomes, a tecnologia está sendo uma grande aliada e uma forma dos trabalhos continuarem. Ela conta que além de vídeos, o grupo conseguiu arrecadar, por meio de campanha na internet, materiais de higiene pessoal para entidades assistenciais como no caso dos idosos. “É uma forma que encontramos de continuar contribuindo e levando o nosso carinho. Estamos ansiosos para poder voltar”, ressalta.

O Projeto Bem-Me-Quer (BMQ) busca promover a melhoria na saúde e qualidade de vida dos pacientes. A participação é integralmente voluntária e novos membros são selecionados anualmente, dando preferência à realização da seleção no primeiro semestre letivo do calendário anual da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Os candidatos podem ser acadêmicos de qualquer curso em qualquer Instituição de Ensino (IES) em Dourados ou região próxima, assim como há vagas também para membros da comunidade externa.


O Bem-Me-Quer foi criado em 2007 como projeto de extensão do Centro Acadêmico de Medicina - Camilo Ermelindo da Silva (CACES) e atualmente é coordenado por uma equipe de acadêmicos de diversos cursos da UFGD e da UEMS. A intenção é quebrar a rotina dos pacientes e profissionais de saúde da rede pública com bom humor, conforto e humanização, promovendo saúde através do bem-estar emocional.

A atuação do Projeto Bem-Me-Quer é importante no sentido de ir ao encontro de um movimento que reconhece a necessidade de se enxergar o ser humano por trás de uma doença ou condição social. As atividades focadas nesse princípio de humanização permitem à pessoa atendida ser vista para além dos fatores que a levaram ao hospital ou aos lares de acolhimento e permite que seja devolvida a ela sua humanidade, ao ser tratada como um ser detentor de uma trajetória pessoal, contexto de vida e emoções que vão além de um diagnóstico ou local de residência.