Parque Arnulpho Fioravanti

Parque Ambiental segue abandonado e lago recebe esgoto

Localizado em área valorizada de Dourados, o Arnulpho Fioravente poderia ser um cartão postal

15 SET 2020 • POR Flávio Verão • 13h33

O problema é antigo, entra e sai prefeito e o estado de abandono do parque Arnulpho Fioravante segue sem solução. Embora esteja localizado na região central da cidade, ao lado do shopping e do terminal rodoviário, a área ambiental de 582.523,76 m² continua esquecida. 

A poluição sempre esteve presente no parque, principalmente no lago artificial, que é receptor de galerias de águas pluviais e abriga alguns pontos de nascente do Córrego Paragem. A reportagem esteve semana passada no local e constatou cheiro de esgoto a céu aberto sendo despejado no lago. 

Ponto de encontro das famílias nos anos 80, o parque ambiental é alvo de promessa política, mas nenhum projeto saiu do papel nas últimas décadas. A infraestrutura de lazer existente não é utilizada pela população, por se encontrar em condições precárias de uso, o que gera problemas sociais.

Quiosques têm servido de abrigo para usuários de drogas, e a visitação no local deixou de ser recomendada há muito tempo, em razão do espaço não ser seguro. O cenário de depredação é evidente, a começar pelos quiosques. Parte deles está sem cobertura. Outros estão com telhados prestes a desabar. Quadras poliesportivas e um dos campo de futebol estão sem condições de uso. Antes da pandemia do novo coronavírus, apenas um pequeno espaço que concentra um campo e uma pista de atletismo, a única com medidas oficiais no município, vinham sendo utilizados pela população. 

Embora o parque abrigue o prédio do Imam (Instituto do Meio Ambiente), da Guarda Municipal e o quartel da PMA (Polícia Militar Ambiental), vândalos continuam depredando o espaço. Por ser uma grande área, o parque poderia ser um cartão postal da cidade. 

Com localização privilegiada, o Arnulpho Fioravante chama a atenção de vários segmentos da sociedade, sendo o mais conhecido. Por isso, é o parque que possui o maior número de projetos de revitalização e de melhorias, porém nada ainda saiu do papel. 

No ano passado a prefeitura manifestou interesse durante reunião com o Comdam (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) de abrir uma avenida com cinco metros lineares dentro do parque, entre as ruas Joaquim Teixeira Alves e Palmeiras. Em administrações passadas da prefeitura chegou a ter projetos de revitalização completa do espaço, com recursos que viriam do governo federal.