Fuga em massa

Foragido se entrega à justiça paraguaia depois do pedido dos pais

Ainda são 67 foragidos da Penitenciária de Pedro Juan Caballero, sendo que 9 foram resgatados

23 JAN 2020 • POR Marli Lange • 15h55
Por enquanto ainda são 67 foragidos, segundo a justiça paraguais - Divulgação

Ainda existem 67  presos foragidos, dos 76 que conseguiram escapar da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero (PY) no último domingo de madrugada. Oito foram capturados, sendo que entre os três últimos, na quarta-feira (22), estava Cristian Javier Benítez Vera, que teria se entregado a pedido dos pais dele. Este ainda afirmou em depoimento após a rendição, que os chefes da facção criminosa "teriam saído antes da fuga em massa pela porta da frente". 

Já na manhã de hoje (23) familiares de Benitez Vera denunciaram que ele teria sido agredido por agentes na volta à penitenciária. Equipes da Força Nacional paraguaia entraram no presídio para apurar a denúncia, que seguirá sendo investigada pelo MP do Paraguai. No entanto, horas depois, segundo o jornal ABC Collor, ele mudou o depoimento, alegando que "teria sido forçado a fazer tal declaração". 

Além da rendição de Benitez Vera, outros dois fugitivos capturados na quarta-feira (22), estavam em uma área que fica a cerca de 12 quilômetros de Pedro Juan Caballero.

De acordo com as autoridades do Paraguai, até o momento 30 agentes penitenciários, conhecidos como "guardiões", são acusados de facilitar a fuga, além do ex-diretor da Penitenciária Christian González. Na quarta-feira a Justiça paraguaia decretou a prisão preventiva dos 31 agentes. Eles devem responder por associação criminosa, e outros crimes. 

Lista de foragidos

A Polícia Nacional do Paraguai divulgou, na manhã desta quinta-feira (23), uma nova lista, incluindo várias informações que não estavam na anterior, como nome, idade, foto e causa da pena dos 76 foragidos. NaPenitencária Regional de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, estavam muitos integrantes de uma facção criminosa de São Paulo, que também operam no Paraguai. (Com informações ABC Collor e G1-MS)