Cultura

Morre aos 76 anos, o maestro Adilvo Mazzini

5 DEZ 2019 • POR • 17h34

O maestro  e escritor Adilvo Mazzini, morreu hoje aos 76 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).  Ele foi um dos fundadores do Centro Cultural Guaraoby.

Adilvo Mazzini mudou-se em janeiro de 1966, para a cidade de Rio Brilhante, como professor de Língua Portuguesa, Educação Física, Latim e Francês. Em 1970, transferiu-se para Dourados, onde cursou Letras na então Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Além do Magistério,. desempenhou funções, principalmente na área cultural, tendo sido diretor de Cultura da Fundação Cultural e de Esportes de Dourados (Funced).


Fez parte da equipe que implantou o Encontro de Corais Dourados, realizados a cada ano, até meados da década de 2000. Fundador e regente do Coral Santa Cecília (depois Coral Guaraoby), foi ainda regente outros corais, como das cidades de Caarapó e Rio Brilhante.


Por longos anos, fez parte do grupo de Regentes Corais da Fundação Nacional de Artes (Funarte), tendo sido coordenador local nos projetos : Villa Lobos (canto coral), Rede Nacional de Música (música erudita), Pixinguinha (música popular). Na área literária, lançou os livros "Retalhos de Mim" (2004)- poesias; "Poetas Dourados" (2004)– coletânea; "O Banco da Varanda" (2012), dentre outros. Como regente do Coral Santa Cecília, gravou os álbuns Natal Entre Os Povos", "Memória Musical, 30 Anos" e CD com vários hinos.


A história de Adilvo Mazzini se mistura com a formação cultural de Dourados. Ele regeu o Coral Santa Cecília, também conhecido como Centro Cultura Guaraoby, por anos, até o seu fechamento no final de 2016.O Coro começou no final de 1970, quando a equipe de liturgia da Catedral de Dourados resolveu formar um coral, com músicas católicas. Porém somente no dia 2 de setembro de 1979 o Coral Santa Cecília nasceu, saindo das "paredes" da Igreja Católica. Com até 45 vozes, o Coro realizou vários eventos na cidade, como o encontro de corais, que chegou a reunir 2 mil pessoas simpatizantes da música.

Em 2007, Adilvo lançou seu sexto livro intitulado "Voz da Montanha", que contava um pouco da história do Vale de Itoupava, em Rio do Sul (SC), onde cresceu o autor. Para a escitora Lori Alice Gressler, que assina o prefácio prefácio da obra,  narrar a história pessoal de  Mazzini, é o reconhecimento de parte da história de um país. "Um brinde ao Adilvo, que, como regente de Coral uniu diferentes vozes para entoar melodias, soube com perfeição unir as palavras para retratar e rememorar as sutilezas e belezas de um lugar e de uma trajetória, que nas memórias, ganham vida na imaginação do leitor". Em comemoração aos 27 anos de fundação da Academia Douradense de Letras (ADL), no ano passado foi realizado um tributo ao maestro e escritor.