mandados de prisão

Gaeco realiza operação em Dourados e Capital contra líderes de facção

27 NOV 2019 • POR Da redação • 08h26
Operação é realizado em penitenciária de Dourados e Campo Grande - arquivo

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Militar realizam nesta quarta-feira (27)  a operação Flash Black. O alvo são presídios do Estado onde atuam organizações criminosas.

No Estado, a operação é realizada na Penitenciária Estadual de Dourados (PED), a maior do Estado, com 12 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, como também em Campo Grande. 

A  operação partiu do Ministério Público de Alagoas, após sete meses de investigações sobre execuções de rivais, sequestros, tráficos de droga e assaltos naquele Estado. 110 mandados de prisão são cumpridos em oito Estados do país, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe.

O objetivo do trabalho é combater o principal núcleo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com base no Mato Grosso do Sul, de onde saem as ordens de justiçamento para todo Brasil, sob comando de um faccionado identificado como ‘Maré alta’. Segundo as investigações, este indivíduo compõe a atual liderança da facção, que substitui o fundador e líder, Marcos Willians Camacho, conhecido como ‘Marcola’ que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Crimes bárbaros:  a face violenta do PCC

A operação originária em Alagoas parte para o enfrentamento ao PCC não com o propósito de apreender armas e drogas, mas de isolar os líderes da nova estrutura, que tem como caraterística a truculência no ‘tribunal do crime’, com mortes bárbaras pelo Brasil, inclusive em Alagoas, com maiores registros em Maceió e região Metropolitana. De acordo com as investigações, o ‘tribunal do crime’ é formado pelos que detém maior poder ou funções privativas dentro da facção.

Uma das características do PCC é a frieza com a qual determinam a forma de execução das suas vítimas, incluindo jovens inocentes e membros da própria facção, tidos como desobedientes, quase sempre narrando para elas como será o passo a passo da morte. Durante as execuções, os criminosos costumam fazer contato com o líder que deu a sentença e transmitir, por meio de vídeos, para provocar ‘prazer’ e reforçar sua autoridade, bem como ganhar prestígio dentro da facção