Saúde Mental

Depressão é fator de maior risco ao suicídio

No Dia Mundial da Saúde Mental as autoridades alertam para o aumento dos distúrbios mentais, uma das principais doenças do século XXI

10 OUT 2019 • POR Redação • 11h42
No Dia Mundial da Saúde Mental, autoridades chamam atenção quanto a depressão - Ilustração

As perturbações de natureza mental estão crescendo e os distúrbios mentais, independentemente da sua gravidade, são uma das principais doenças incapacitantes do século XXI. A depressão é a segunda causa de incapacidade na União Europeia. As doenças mentais e, particularmente a depressão, são o fator de maior risco de suicídio.

Hoje, Dia Mundial da Saúde Mental, as autoridades chamam a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou sócio-econômicas. Combater o preconceito e o estigma à volta da saúde psicológica é outro dos objetivos do dia.

Esta data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental uma prioridade e defende que a questão da saúde mental não é estritamente um problema de saúde.

Crianças

Um dos casos de depressão que chama atenção é relacionado às crianças e adolescentes. A depressão que sempre pareceu um mal exclusivo dos adultos hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo.

Diagnosticar depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança.

Costuma manifestar-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação.

Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.

Atenção aos sintomas

Sentimentos de desesperança, dificuldade de concentração, memória ou raciocínio; angústia, pessimismo, agressividade, falta de apetite, tronco arqueado, falta de prazer em executar atividades, isolamento, apatia, insônia ou sono excessivo que não satisfaz. Outros sintomas são a desatenção em tudo que tenta fazer, queixas de dores, baixa auto-estima e sentimento de inferioridade, ideia de suicídio ou pensamento de tragédias ou morte.

Na criança com depressão também pode apresentar a sensação freqüente de cansaço ou perda de energia, sentimentos de culpa e dificuldade de se afastar da mãe.

Fonte: Fiocruz