Duplo homicídio

Policial militar acusado de matar esposa e suposto amante se entrega

Ele estava escondido em uma propriedade rural. Segundo advogado, ele estava com medo que o matassem

9 OUT 2019 • POR Marli Lange • 08h17
Regianni foi assassinada pelo marido sem ao menos ter a chance de se defender da acusação - Reprodução Facebook

O policial L.R.Q.S., 36 anos, acusado de matar a esposa, Regianni Araújo, 32 anos e o corretor de imóveis, Fernando Enrique Freitas, 31 anos, sábado passado (5), na cidade de Paranaiba, se apresentou ontem (8) no final da tarde à polícia acompanhado do seu advogado, José Roberto Rodrigues da Rosa.

Primeiro ele se apresentou a Policia Militar Ambiental (PMA) e em seguida Policia Civil daquela cidade. O policial teve a prisão temporária decretada logo após o duplo homicídio. Segundo o advogado de defesa, após cometer o crime, o cliente seguiu para uma propriedade rural, localização não revelada, onde ficou escondido até ontem. “A preocupação em se manter em um local seguro era preservar sua própria vida, uma vez que chegaram informações de que ele poderia ser morto por familiares da vítima”, afirmou o advogado. Agora de defesa poderá pedir a transferência do policial para Campo Grande.

“Por ser policial militar tem prerrogativa de ficar em uma unidade militar, então deve ser levado para Campo Grande, que tem um local próprio”, analisa o advogado, lembrando que isso dependerá de alguns fatores, uma vez que a prisão do acusado é temporária e deverá ficar à disposição de quem investiga o caso. “Tem que ver a logística caso ele precise voltar”

Duplo homicídio

O duplo homicídio chocou a cidade de Paranaiba, distante 620 quilômetros de Dourados, adiante de Três Lagoas pouco mais de 170 km, perto da divisa entre Minas Gerais e Goiás. Uma cidade de 40 mil habitantes, aproximadamente.

Regianni e Fernando foram assassinados por suposto ciúmes do policial, que sem ao menos ter certeza de tal traição, teria matado os dois, após receber mensagens em seu celular de supostas conversas entre as duas vítimas. Ambos não tiveram qualquer direito de defesa.  Fernando e Regianni se conheciam através de um grupo de pedal em que participavam. Ele também era casado e tinha uma filha de um ano. Regianni tinha um filho de oito anos com o policial, que assistiu o assassinato da mãe.   (Com informações de Campo Grande News)