Brasileirão

Palmeiras conquista o Brasileiro com uma equipe forte e um técnico experiente

25 NOV 2018 • POR da Redação com informações do R7 • 18h13

A força do elenco é o ponto comum ao se analisar os motivos que fizeram do Palmeiras o campeão brasileiro de 2018.

O time conseguiu vencer o desgaste provocado pelo excesso de competições na temporada. Não perdeu o ritmo no Nacional mesmo com o revezamento de jogadores promovido pelo técnico Luiz Felipe Scolari diante dos torneios simultâneos, casos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores. 

"É o melhor elenco do futebol brasileiro. Acho que até na América do Sul. Essa parte ajustada do coletivo fez valores individuais crescerem muito. A consistência do Dudu, do William Bigode, mais Felipe Melo e Bruno Henrique são também pontos fortes, essa dupla de atacantes e meio de campo, quando olhamos individualmente", avaliou Zinho, ex-jogador que conquistou vários títulos com a camisa do clube e é ídolo da torcida palmeirense — bicampeonato paulista e brasileiro (1993/1994), Torneio Rio-São Paulo (1993), Copa do Brasil e Mercosul (1998) e a Libertadores de 1999.

"Melhor elenco do país e que tem um treinador campeão do mundo", complementou César Sampaio, ex-volante que participou das conquistas do bicampeonato paulista e brasileiro (1993/1994), Torneio Rio-São Paulo (1993 e 2000) e, como capitão do time, levantou a taça da Libertadores de 1999.

Rodízio de jogadores

A qualidade do grupo palmeirense propiciou à comissão técnica usar jogadores tidos como reservas em jogos decisivos do Brasileirão sem comprometer o rendimento da equipe.

Nomes de jogadores importantes como Fernando Prass — um dos ídolos do clube —, Jailson, Thiago Santos, Gustavo Scarpa, Alejandro Guerra e Lucas Lima foram presença constante na reserva alviverde neste ano. Ou no "banco de titulares" do Palmeiras, conforme anuncia o locutor oficial do Allianz Parque ao apresentar o time antes das partidas. 

"O elenco é maior do que o dos outros times. O pessoal fala em dois times, mas não vejo isso. Vejo um time bom e outro razoável, que serve para o futebol brasileiro. O elenco é forte por isso. Tem qualidade e quantidade. Em um ano longo, faz diferença", avaliou o jornalista Reinaldo Gottino, apresentador do programa Balanço Geral SP, da RecordTV.

Sem desmanche

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Robson Morelli, editor de esportes do Estadão, acrescenta que nem mesmo a concorrência do exterior abalou o projeto palmeirense em busca de conquistas. Exemplo é a permanência do meia-atacante Dudu. Assediado pelas propostas praticamente irrecusáveis do futebol chinês, o jogador renovou contrato com o Palmeiras e foi peça-chave para a conquista do Brasileirão.

"Foi fundamental segurar Dudu. É o melhor do time e do Brasileirão. Há bons jogadores no elenco que ainda podem render mais. Não vimos, por exemplo, o Scarpa jogar. Tem muito a contribuir. Essa zaga com o Gustavo Gómez é forte. Ele é um bom jogador.  Então, o Palmeiras tem um elenco bom. Bom para os padrões do Brasil", avalia.

Saúde financeira

O jornalista também afirma que a boa gestão do clube, presidido por Maurício Galliotte e que tem como diretor de futebol Alexandre Mattos, teve grande influência no sucesso do time neste Brasileirão.

"A gestão anda por um caminho bem traçado. Paga-se em dia. O clube oferece o bom e o melhor para os jogadores. Não falta nada. Então, ela pode cobrar alto. Rendimento. Envolvimento. O Palmeiras vem evoluindo ao longo dos anos, das temporadas, desde 2015. Os jogadores foram sendo contratados e o clube, junto com a comissão técnica, vem fazendo uma peneira para ter os melhores", complementou.

Libertadores: obsessão

No entanto, apesar de encerrar o ano com o principal título nacional, a diretoria palmeirense já sabe que será cobrada para obter um elenco ainda mais forte e capaz de vencer os desafios que a próxima temporada deverá impor ao clube, como a busca pelo título da Libertadores.

"Acho que o Palmeiras vai ter que reforçar para algumas posições no ano que vem. Na lateral-direita, o Marcos Rocha não foi da forma como a gente queria, mas o Mayke melhorou. No lado esquerdo, o Victor Luis foi muito melhor do que o Diogo Barbosa, que foi uma decepção. No ataque, temos que arrumar um centroavante. O Borja não sabemos se vai atuar bem, e o Deyverson não dá. Ele não tem postura para jogar no Palmeiras", comentou o palmeirense declarado Reinaldo Gottino.