Copa do Catar

Copa do Catar pode ter 48 times se depender do presidente da Fifa

20 NOV 2018 • POR da Redação • 15h30

Na quarta-feira faltarão exatamente quatro anos para o início da Copa do Mundo do Catar, que ainda pode ser um instrumento para ajudar a acabar com as tensões regionais e o primeiro torneio com 48 seleções se depender do presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Nas últimas, o chefe do organismo que governa o futebol pressionou para que o Mundial de 2022 aumente os 32 times que jogaram na Rússia neste ano para 48, embora tenha sido combinado anteriormente que a ampliação do evento aconteceria quando Canadá, México e Estados Unidos dividirem a sede da Copa de 2026.

“Estamos analisando. Se é possível, por que não?”, disse Infantino no mês passado. “Estamos conversando com nossos amigos cataris, estamos conversando com nossos muitos outros amigos na região e esperamos que isso possa acontecer.”

O Catar ainda não se manifestou sobre a ideia, mas anteriormente se mostrou cauteloso a respeito da capacidade do país para organizar um torneio com mais de 32 equipes.

Os organizadores só estão construindo oito estádios para a competição de um mês, que causou polêmica com um adiamento para o final do ano justificado pelo calor intenso do verão. O torneio começa em 21 de novembro de 2022, e a final será disputada em 18 de dezembro.

Qualquer ampliação criaria a possibilidade de o Catar ter que dividir algumas partidas com seus vizinhos, mas o país está sujeito a um bloqueio econômico imposto por quatro deles.

Em meados de 2017 a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Barein e o Egito cortaram os laços comerciais e de transporte com Doha, acusando-a de apoiar o terrorismo e o Irã – o que o Catar nega.

O boicote prejudicou as rotas comerciais cataris pelo Golfo Pérsico e travou as importações que entram por sua única fronteira terrestre, que é com a Arábia Saudita – antes a rota de seus suprimentos de bens perecíveis e materiais de construção.

Isso obrigou o Catar a gastar mais de seu grande orçamento para encontrar parceiros comerciais alternativos e manter os preparativos para a Copa do Mundo em andamento.

“Pensar que existem pessoas na região que podem não gostar da primeira Copa do Mundo no Oriente Médio é muito decepcionante”, disse Hassan Al Thawadi, que comanda o comitê organizador local.

O Catar está investindo impressionantes 200 bilhões de dólares para sediar o torneio, mas Al Thawadi disse que só entre 8 e 10 bilhões estão sendo gastos nos estádios.