Operação contra o contrabando de cigarro prende 5 PRF’s e procura um sexto, dentre 40 mandados

Conforme a assessoria, a investigação iniciou há dois anos e tem como alvo um grupo que atuava em 'corredor' estratégico

Uma operação da Polícia Rodoviária Federal contra a corrupção dentro da própria instituição relacionada ao contrabando de cigarros foi deflagrada neste sábado com o cumprimento de 40 mandados de prisão em Mato Grosso do Sul, sendo alvo seis policiais rodoviários federais, quatro policiais militares – dois deles já presos –, dois policiais civis e outros membros do grupo.

Estes mandados foram cumpridos em Dourados e Bataguassu, esta cidade onde estão lotados todos os PRF’s investigados. As prisões são feitas pela Corregedoria Regional da PRF, com apoio da Corregedoria-Geral, em conjunto com o MPF e a Polícia Federal.

A Corregedoria Regional da PRF em Mato Grosso do Sul iniciou uma troca de informações com a Polícia Federal, onde havia um inquérito que investigava uma quadrilha de contrabandistas que atuava entre Ponta Porã e São Paulo, com ramificações em Minas Gerais e Goiás. Após alguns meses de investigação, foi possível identificar o modus operandi dos envolvidos, o volume de mercadorias transportadas e apontar os principais integrantes que agiam na rota do contrabando.

Segundo a assessoria da PRF, a operação foi deflagrada junto com o Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), em Mato Grosso do Sul e é denominada ‘Nepsis’. O principal objetivo é prender suspeitos de envolvimento com uma quadrilha de contrabandistas de cigarro.

Para a operação foram empregados 100 PRF’s lotados em outros Estados, alem de dois helicópteros da PRF. Os seis PRF’s com mandado de prisão, são lotados na região de Bataguassu que é a principal rota para o contrabando de cigarros.

Conforme divulgado, a investigação teve início há 2 anos quando a corregedoria da PRF constatou que alguns dos policiais estavam envolvidos com o contrabando de cigarros. Foi então solicitado o apoio e a investigação da Policia Federal para que fossem atingidos na ação também os demais integrantes da organização criminosa, que não fazem parte da instituição.