Segundo advogados de Joel, ‘condenação social’ é perigosa antes de elucidação de crime

Entrevista de advogados de defesa de suspeito de homicídio ocorreu na tarde desta sexta

Vitor César Cáceres, advogado de defesa de Joel Rodrigo Ávalo Santos, de 24 anos, preso preventivamente como um dos suspeitos pela morte do próprio filho, de um ano e seis meses, ocorrida na quinta-feira (17) em Dourados, falou sobre a repercussão do caso ao jornal eletrônico Dourados News.

O advogado se diz preocupado com o que chamou de ‘condenação social’ contra o cliente dele, impacto da propagação da notícia da prisão em flagrante. Segundo a defesa, é garantia para todo cidadão a presunção da inocência e vários indícios reforçam a alegação de Joel sobre a inocência dele. Um desses argumentos, é o fato de o lutador de MMA que trabalha em uma padaria, estar ausente de casa no momento em que o filho passou mal.

“Ele garantiu que não estava em casa. Por trabalhar como padeiro saiu por volta das 6h e cerca de uma hora e meia depois recebeu uma ligação da sogra informando que o filho estaria passando mal. Quando chegou na casa já havia polícia, Samu e foi informado de que a criança estaria morta”, explicou.

No entanto, como pontuou o delegado Marcelo Batistela Damaceno, as contradições de Joel e a madrasta do filho dele pesaram para que os dois fossem tidos como os autores. A respeito disto, os advogados citaram uma fala do próprio Joel a eles. “Eu não posso acusar ninguém, eu não posso acusar Jéssica, porque eu não estava lá”, teria dito.

Outro ponto destacado pelos advogados está relacionado ao tratamento dado pela madrasta às crianças. A defesa disse ao site que a polícia tem as informações sobre relatos de vizinhos de que nunca ouviram qualquer manifestação de violência, maus-tratos ou agressões. “A questão é esclarecer”, disseram.

Os advogados disseram ainda que as crianças estavam na casa há 10 dias sob os cuidados do pai, após a mãe ter supostamente deixado os menores “com uma babá e desaparecido”.

Na tarde desta sexta-feira (17), o Judiciário transformou em preventiva a prisão em flagrante e Joel e de Jessica Leite. Eles serao transferidos para penitenciárias da região.