Safra de grãos

Mesmo com queda de 3,9% safra de grãos é a 2ª melhor da história, segundo CONAB

10 JUL 2018 • POR da Redação • 09h20
MS colheu mais de 16 milhões de toneladas de grãos em 2018 - Divulgação

A colheita de grãos do país na safra 2017/2018 deve chegar a 228,5 milhões de toneladas, com redução de 3,9% em relação à safra passada (237,7 milhões de toneladas). Mesmo assim, será a segunda maior da história, segundo o 10º levantamento divulgado hoje (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em comparação ao último levantamento, feito em junho, a produção diminuiu 1,2 milhão de toneladas. Segundo a Conab, a queda se deve aos impactos climáticos que reduziram a produtividade do milho da segunda safra. A previsão para o cereal é de produção total de 82,9 milhões de toneladas. A estimativa para a primeira safra é 26,9 milhões de toneladas, com queda de 11,7% e a segunda, e 56 milhões de toneladas, com redução de 16,9%. “Reduções nas chuvas impactaram o potencial positivo na segunda safra”, disse o presidente da Conab, Francisco Marcelo Bezerra.

O destaque positivo foi a produção da soja, que pode chegar a 118,9 milhões de toneladas, com crescimento de 4,2% em relação à safra passada. O algodão registrou aumento de 28,5%, chegando a 1,9 milhão de toneladas. O feijão segunda safra e o trigo também registraram crescimento: 7,7% (1,3 milhão de tonelada) e 15% (4,9 milhões de toneladas).

Entre as culturas avaliadas, a soja registrou o maior volume de área semeada, com aumento de 33,9 para 35,1 milhões de hectares. A área do algodão chegou a 1,2 milhão de hectares, com ganho de 236,9 mil hectares. O feijão segunda safra tem 1,5 milhão de hectares, com ganho de 108,3 mil hectares.

No caso do milho houve redução de 5,5 milhões para 5,1 milhões de hectares, na primeira safra, e de 12,1 milhões para 11,6 milhões de hectares, na segunda.

A receita bruta dos produtores rurais das lavouras de algodão, arroz, feijão, milho e soja da safra 2017/18, estimada com base nos dados do nono levantamento e nos preços recebidos pelos produtores em maio de 2018, atinge o total de R$ 211,10 bilhões de reais. Esse número é 25,1% superior ao registrado na temporada anterior, quando a soma atingiu R$ 168,80 bilhões.

Esse percentual de acréscimo pode ser explicado pela alta dos preços da soja, com crescimento na produção e principalmente nos preços praticados, pela maior produção do algodão e sua valorização no mercado e, por fim, a cultura do milho apresenta queda na produção, mas a valorização do produto é elevada.