Cultura

Emmanuel Marinho autografa “Margem de Papel” no Soneto Café

28 JUN 2018 • POR • 07h00
Emmanuel Marinho convida os amigos para uma tarde de poesia nesta quinta-feira. Por meio de sua editora Bazar de Poesia, poeta acompanhou todas as etapas que são elaborados artesanalmente - Foto: Marcos Ribeiro
O poeta Emmanuel Marinho estará hoje a partir das 15h no Soneto Café, autografando o livro "Margem de Papel". A tarde festiva contará também com performances do artista múltiplo. A obra integra a lista de leituras recomendadas para o Vestibular da Universidade Federal da Grande Dou-rados (UFGD) 2018. Desde 2016, os livros de Emmanuel estão relacionadas para o processo seletivo da instituição. No primeiro ano, o título indicado foi "Cantos da Terra". Em 2017, foi a vez de "Satilírico" e agora "Margem de Papel" será objeto de questões da prova de Literatura. A inclusão das obras de Emmanuel no Vestibular da UFGD ao lado de grandes nomes da literatura univer-sal como: Visconde de Taunay ("A Retirada da Laguna"), Manoel de Barros ("Livro Sobre Nada", Júlio Cortázar ("A Volta ao Dia em 80 Mundos") e Graciliano Ramos (Vidas Secas) é altamente significativa para um artista do interior de Mato Grosso do Sul e vem coroar de êxito a trajetória de um dos poetas mais aplaudidos e admirados pelo público de inúmeros lugares onde se apresenta, no Brasil e no mundo. A primeira edição de "Margem de Papel", em 1994, encontrava-se esgotada há muito tempo. O relan-çamento da segunda edição ocorreu em maio deste ano. Por meio de sua editora Bazar de Poesia, Emmanuel acompanhou pessoalmente todas as etapas – outra marca original de seus livros, que são elaborados artesanalmente e concebidas integralmente pelo autor. Da capa ao tipo de papel, das fontes das letras às disposições das páginas, tudo é trabalho do poeta. De acordo com a semioticista e crítica de arte, Rita Pacheco Limberti, "Margem de Papel" é a obra-símbolo de Marinho. Ele é autor de uma literatura extremamente engajada, sempre tratou das ironias conjunturais, das assimetrias sociais, das minorias marginais. "Sobretudo neste livro, seus poemas são como aqueles escritos que se encontram em margens de papel: não tiveram lugar no corpo do texto, foram suprimidos, calados, mas não puderam deixar de ser ditos", argumenta a semioticista. Publicado uma única vez em 1994, Rita Pacheco Limberti ainda diz que os emblemáticos poemas de Emmanuel Marinho vararam os anos ecoando nas inúmeras performances e espetáculos do poeta, muitos deles tornados ícones da poesia emmanuelina, como "Genocíndio" ("Tem Pão Velho?") e o célebre haikai "poesia não compra sapato". A primeira edição de "Margem de Papel", foi feita praticamente à mão: papel artesanal, páginas multicoloridas, aquela edição possui a marca do tempo do poeta. Esta segunda edição possui a marca do tempo da própria obra: destinada à leitura de milhares de vestibulandos e do grande público, ganha concepção gráfica do talentoso designer Lula Ricardi, que, com um traço bastante contemporâneo, mantém, nas cores, a linguagem artesanal do poeta, enquanto nas formas preserva o traço eloquente de um discurso que já não cabe só na margem do papel. Serviço "Margem de Papel", de Emmanuel Marinho Local: Soneto Café, rua Dr. Camilo Hermelindo da Silva, 850