Meio ambiente

Parcerias celebram sucesso de restauração ecológica ambiental

16 ABR 2018 • POR • 09h05
Represa de captação da bacia do Guariroba, que atende mais de 300 mil pessoas em Campo Grande - Foto: ANDERSON VIEGAS/G1
Os resultados do projeto de restauração ecológica da bacia do Guariroba, um dos córregos que nascem na Capital e que abastece parte da população com água tratada, serão apresentados em encontro dos parceiros que viabilizaram a recuperação praticamente total da área e encaminharam ações para garantir a preservação ambiental do córrego Guariroba e seus afluentes, na região leste de Campo Grande.

A ação, realizada com diversos parceiros, comemora oito anos de recuperação ambiental, com mais de 300 mil pessoas beneficiadas direta e indiretamente com o manancial da bacia hidrográfica, será apresentada no Sindicato Rural de Campo Grande, na Chácara Cachoeira, em reunião durante toda a manhã de quinta-feira (19), com demonstrações do que foi feito, pelos parceiros do projeto.

A bacia do Guariroba é responsável pela metade do abastecimento de água em Campo Grande, com mais de 36 mil hectares de terra que contém 64 propriedades rurais e beneficiada, com a ação, por programas que compensam o produtor rural pela preservação de áreas verdes e práticas ambientais de manejo de rebanhos, do solo, recuperação vegetal e plantio de milhares de mudas de árvores e cercamento para evitar o acesso aos mananciais.

De acordo com a Associação de Recuperação Conservação e Proteção da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba), a principal atividade econômica da região é a pecuária de corte extensiva em pastagens exóticas, com avanço da atividade de silvicultura e, devido à produção e histórica falta de orientação quanto às práticas conservacionistas ambientais, a bacia possuía extensas áreas de degradação, com severo processo de assoreamento do córrego e reservatório.

PARCEIROS

A necessidade de recuperação da área para evitar maiores danos e garantir água para o futuro, resultou na parceria de instituições como a Prefeitura de Campo Grande, a WWF-Brasil,, a Agência Nacional de Águas, a Fundação Banco do Brasil, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Sindicato Rural de Campo Grande, a ARCP Guariroba e a IIRD GestãoAmbiental, que desenvolveram e incentivaram as práticas que serão apresentadas na reunião.

HISTÓRICO

O Programa Manancial Vivo foi criado pela Prefeitura da Capital em 2010 com os objetivos de identificar, caracterizar e propor ações necessárias através da elaboração de projetos que visam a recuperação e conservação da região, tão importante para a cidade de Campo Grande.

A partir de então foram iniciados os trabalhos na bacia com o apoio do programa Água Brasil, que passaram então a atuar na bacia engajando os produtores para a recuperação ambiental em áreas de preservação, como Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, além da conservação de áreas produtivas, com adoção de práticas de conservação de água e solo, sendo os produtores contemplados com Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) ao adotarem as práticas recomendadas.

A partir desse trabalho, surgiram os primeiros resultados positivos, como a oferta de água que chegou a mais 41 mil pessoas na Capital, a recuperação de 107 hectares; boas práticas em 461 hectares; terraceamento em 1.692 hectares; conservação em 1.079 hectares; 89 mil mudas plantadas; práticas sustentáveis de produção por 26 pecuaristas; 15 produtores recebendo o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA);duas Unidades Demonstrativas, de recuperação de pastagem e modelo produtivo de integração entre lavoura-pecuária-floresta (LPF); monitoramento hidrossedimentológico da microbacia e o registro de 15,3 mil hectares com corpos hídricos protegidos por cercamento.