Cidades

Agropecuária lidera o crescimento no Centro-Oeste

18 JUL 2011 • POR • 22h15
Representantes do comércio, indústria e agronegócio do Centro-Oeste participam do evento - Foto: Rosane Amadori
CAMPO GRANDE - O Centro-Oeste elevou em quatro pontos percentuais sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, passando 5,2% para 9,2% de 1990 a 2008. A maior contribuição veio da agropecuária, que no mesmo período passou de 7,5% para 19,8% do PIB do setor. A indústria de transformação de também teve crescimento considerável, passando de 1,7% para 4,5% do PIB específico do setor.

Os dados foram apresentados ontem pelo gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Carraro Telles, durante o projeto Encontros Empresariais Centro-Oeste – Integrar e Desenvolver para debater temas ligados ao desenvolvimento e integração de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. O evento acontece na Casa da Indústria, em Campo Grande, e tem a participação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel.

Segundo dados de Telles, o Centro-Oeste concentra 4,5% do PIB industrial brasileiro, mas possui grande presença no setor agropecuário, sendo que o percentual do PIB específico do setor fica em 19,8%, enquanto o de serviços representa uma fatia de 10,6%. “A vocação da agropecuária é forte na região e grande parte do crescimento industrial é no segmento do agronegócios”, enfatizou Telles, o primeiro a palestrar no evento.

O presidente da Famasul e do Conselho Deliberativo do Sebrae, Eduardo Riedel, segue na mesma linha do representante da CNI e ressalta a importância do evento reunindo o setor produtivo do Centro-Oeste, com representantes da indústria, comércio e do agronegócio para tratar dos temas estratégicos para o desenvolvimento industrial da região.


“A reunião dos diferentes setores demonstra a visão estratégica das entidades representativas sobre a cadeia produtiva, no sentido de que não há incompatibilidade e que a complementaridade entre os setores é que movimenta o desenvolvimento da região”, avalia Riedel.


Telles vai mais longe em relação ao potencial dos estados do Centro-Oeste: “Não é preciso vir indústrias de fora se forem criadas condições para que as indústrias locais cresçam e se tornem grandes”, afirma. O CO tem seis entre as 20 microrregiões mais ricas do país, sendo elas Alto Araguaia, Parecis, Alto Teles Pires e Primavera do Leste em Mato Grosso, Catalão em Goiás e Brasília no Distrito Federal.

Entre os fatores que favoreceram os recentes avanços no desenvolvimento regional, o gerente apontou a recriação das superintendências regionais de desenvolvimento, o lançamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, as políticas de transferência de renda do Governo Federal e o aumento do potencial de consumo das regiões menos desenvolvidas.


O encontro do setor produtivo do Centro-Oeste foi organizado pela Fiems e tem a participação da Famasul, Fecomércio e do Governo do Estado, por meio da secretária da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.