Pets

PMDB, PSDB e PT querem manter domínio no Estado

18 JUL 2011 • POR • 22h06
André Puccinelli e Esacheu Nascimento, presidente regional do PMDB - Foto: Divulgação
Willams Araújo


Campo Grande – Apesar de faltar mais de um ano para as eleições municipais de 2012, os três maiores partidos em termos de representatividade política– PMDB, PSDB e PT já trabalham nos bastidores a fim de manter o domínio da maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul.

Em nível nacional, o PMDB já começou a se mexer para manter o status de líder em número de prefeitos nas eleições do ano que vem, conforme reportagem publicada pelo jornal o Estado de São Paulo, no fim de semana.

De acordo com a matéria, mais do que um título ou uma soma, o que está em jogo para o PMDB é a "marca" de partido municipalista, de partido com "maior capilaridade" no País.


Desde que bateu recorde na corrida municipal, elegendo 1.256 prefeitos ao final do governo Fernando Henrique Cardoso, o PMDB vem perseguindo esse número. Passou perto em 2008, quando venceu em 1.239 cidades, mas esse total acabou minguando com a migração de alguns quadros para outras legendas.

Nos bastidores do PMDB, parlamentares mais experientes reconhecem que não será fácil ir além das 1.250 prefeituras, sobretudo com um quadro partidário cada vez mais pulverizado - e, de quebra, com um cenário marcado pelo fortalecimento de legendas menores, como PSB, PR e PP.

Já o PT, que saiu das urnas com 578 prefeitos nas últimas eleições, só fez crescer de lá para cá - das eleições de 2000 para as 2008, o número de prefeituras do PT aumentou 209%.

Em reunião ocorrida no começo de junho, o diretório estadual do PMDB confirmou a política de apoio aos candidatos do partido nas eleições de 2012, seguindo orientação da cúpula nacional, que pretende fortalecer as bases da legenda para chegar robustecido nas eleições presidenciais de 2014.

Em Mato Grosso do Sul, a meta é reconquistar a maioria das 78 prefeituras e eleger novos mandatários, se possível. “Em todas as cidades que tivermos candidatura viável o candidato será um peemedebista”, afirmou o governador André Puccinelli durante o primeiro encontro regional do PMDB ocorrido este ano, em Campo Grande.

No encontro, o presidente regional do partido, Esacheu Nascimento, cobrou fidelidade do grupo, dizendo que apoiar os correligionários não é apenas uma opção, é um dever de todos que desejam ver PMDB cada vez mais fortalecido.

Atualmente, o PMDB controla 28 prefeituras em Mato Grosso do Sul O partido elegeu 28, perdeu o prefeito de Terenos, Beto Pereira para o PSDB e Cláudio Valério, de Anastácio, faleceu. Com a morte de Juneir Marques (PSDB), de Antonio João, assumiu a peemedebista Lucia Regina Butkevicius da Cruz.
O partido também foi beneficiado com a morte do tucano Evandro Bazzo, de Jardim, que foi substituído por Carlos Grubert.

O PSDB, que elegeu 11 prefeitos, continua controlando o mesmo número de municípios, uma vez que apesar da norte de Juneir e Bazzo, ganhou a adesão de Beto Pereira, egresso do PMDB, e Douglas Figueiredo, que assumiu com a morte do peemedebista Cláudio Valério.

O PT comanda as prefeituras de Bataguassu, Bela Vista, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Itaquiraí, Japorã, Ladário, Nova Alvorada do Sul, Rio Negro e Santa Rita do Pardo.

Além disso, o partido entende que agora tem menos instrumentos de ação política do que tinha no governo Lula, pois perdeu ministérios que atuam mais fortemente nos municípios e mantêm contado direto com eleitores das diferentes regiões. É o caso da Saúde e das Comunicações, ambos nas mãos do PT. E os peemedebistas lembram que toda cidade tem sempre uma agência dos Correios, um posto de saúde e uma ambulância, pelo menos. (Com AE).