Variedades

Chegou a hora de falar menos em lua e repensar o homem

18 JUL 2011 • POR • 07h40
Benê Cantelli


Lá nos idos de 469 a.C. a 399 a.C., Sócrates, dono de uma sapiência quase sem limites, afirmou que era indispensável ao homem que se conhecesse: “Conhece-te a ti mesmo”. Iniciava-se ai a filosofia introspectiva.

Willian Shakespeare viveu entre os anos 1564 a 1616. É dele a frase: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”.

Cada dia somos surpreendidos com fatos que, mesmo parecendo comuns em nosso tempo, nos deixam perplexo. Lembro-me, com nitidez de detalhes, ainda que os anos se passaram e muito, um fenômeno que estarreceu a mim e a mais três pessoas que estavam comigo. Resultado de um acidente que envolveu dois carros de Aquidauana, um voltando de férias, outro, indo em direção ao Paraná.

Fato inusitado até porque o tal acidente aconteceu próximo às Três Torres, entre Nova Alvorada do Sul e Santa Luzia. Estava indo para Campo Grande quando me surpreendi com a cena dantesca. Cri-anças e adultos mortos. Outros, ensaguentados, muito machucados, porém vivos. Passava pouco das 9 horas da manhã.

Voltando no outro dia, por volta das 14 horas, num dia de sol escaldante e, parando para mostrar onde aconteceu o acidente, deparei-me com um sapatinho de criança com sangue “vivo”, ainda com aquelas bolhinhas ao derredor. Poucos metros adiante cena semelhante nos comoveu a todos, pois, junto ao meio fio, novas “pocinhas” de sangue em igual condição. An-damos um pouco mais e oramos, entre assustados, comovidos e contritos.

Ao retornar, reparamos todos, os quatro, que o sangue estava petrificado e com nenhuma semelhança do que havíamos visto. Há pouco tempo, fiquei sabendo da história de uma pessoa que em São Paulo, ca-pital, teve que ser socorrida num hospital porque sentia dores e falta de ar como se alguém a tivesse enforcando. Na mesma noite, a muitíssimos quilômetros, um seu amigo morria enforcado.

Fatos outros, como alguém que tinha um irmão muito querido que morreu num acidente, viu seu namorado pouco tempo depois, morrer em igual circunstância.

Dias atrás, recebi duas fotos, pela internet. Uma delas refletia os escombros, numa cidade japonesa, do que sobrou depois da segunda guerra. Nessa foto estava praticamente in-tacto um portal típico japonês que reaparece na outra foto que mostra o que sobrou da cidade onde tudo, praticamente, foi destruído por um tsunami, mas não outra vez, o tal portal típico.

A grande verdade é que subimos muito em nossos conhecimentos científicos. Chegamos à lua. Dominamos mar, terra e ar. Voamos rápido. Singramos mares com velocidades jamais imaginadas. Rasgamos a terra e buscamos nela todo tipo de sustento, vegetal e mineral. Mas ainda não conhecemos o homem. Estamos no mundo do estereótipo. Não fizemos valer a mensagem maiêutica socrática: Dar a luz intelectual, na procura da verdade no interior do Ho-mem.

Até quando?!

É evidente que Deus ao criar o homem não o fez de barro, porquanto em sua oni-potência, bastava dizer: Seja feito e seria feito, assim como aconteceu com a luz, o céu, as es-trelas. Contudo, nos motivar a lembrar sempre que somos feitos do barro nos dá a dimensão correta do que somos e do que podemos, sem Ele: Nada.

O mundo está correndo por mares nunca dantes navegados. Coisas estão aconte-cendo que estarrecem. A China, um dos únicos paises comunistas do mundo é o maior credor financeiro do maior capitalista que a história já conheceu: os Estados Unidos.

Como entender?!

Bom dia.

Melhor semana...
Professor


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