Policia

Justiça liberta professor acusado de pedofilia em Dourados

17 JUL 2011 • POR • 22h50
Maurício Rasslan, advogado de defesa do professor quer truncamento de processo Foto: Hédio Fazan
Valéria Araújo


A juíza da 1ª Vara Criminal de Dourados Dileta Terezinha de Souza Thomaz, concedeu liberdade provisória ao professor de 36 anos, acusado de filmar e fotografar alunas e a enteada nuas. O crime foi denunciado pela esposa, que entregou à Polícia Civil um pen drive contendo as imagens pornográficas, no dia 13 de março.

De acordo com o advogado Maurício Rasslan, vários são os argumentos apresentados pela defesa. O primeiro é o fato de que a perícia no computador mostrou que não existia MNS do professor. “ Somente a mãe e a filha usavam o recurso de mensagens instantâneas”, destaca.
Maurício destaca que sobre o pen drave, ficou comprovado que tudo o que o professor argumentou em defesa estava correto. “Ele não mentiu em momento algum”, disse.

Outro fato apontado pela defesa é que todas as pessoas envolvidas no processo já tinham sido ouvidas. “Diretores, ex-mulher, o pipoca e o primo de 15 anos da menina; todos derm suas versões. A delegada Francielli Candotti e uma agente de polícia foram testemunhas de defesa. Não havia motivos para deixar o acusado preso, tendo em vista que não há como interferir no andamento das investigações”, destaca.

Segundo Rasslan por causa disso, ele ingressou com pedido de relaxamento de prisão. O Ministério Público Estadual se manifestou pela manutenção da prisão, mas a juíza decidiu aceitar o pedido da defesa. Entretanto, a Justiça determinou algumas medidas que devem reger a liberdade do suspeito. Ele deverá comparecer em juízo mensalmente até a sentença e deverá ficar em casa durante a noite e nos dias de folga.

O professor também fica proibido de freqüentar bares, lanchonetes e boates e não poderá se aproximar da esposa e da enteada e tampouco comunicar-se com elas. A distância determinada é de 300 metros. O suspeito também se compro-mete a comparecer em todos os atos do processo e não poderá mudar de residência sem comunicar a Justiça ou sair do município de Dourados.
A defesa também ingressou com pedido de trancamento da ação. A medida tem como objetivo parar o processo e rei-nicia-lo em todas as fases. De acordo com Maurício, há falhas na condução do processo e que precisam ser corrigidas parase alcançar a justiça e a verdade dos fatos.

#####PEDOFILIA
A esposa do professor contou que fingiu estar dormindo quando ele chegou em casa no dia 12 de março e viu o marido esconder o pen drive em cima do guarda roupa. Quando ele dormiu, recolheu o objeto e constatou o material pornográfi-co. Entre as adolescentes que apareciam estava a filha dela, atualmente com 12 anos e outras imagens.

Não foi, de acordo com a denunciante, a primeira vez que flagrou o esposo com material pornográfico. Entre os anos de 2004 e 2005, ela encontrou imagens de uma prima do suspeito nua. Em outra ocasião, segundo ela, achou uma mala contendo lingeries e mais cenas de sexo.

O professor foi indiciado por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente.