Variedades

E a vida continua....

14 JUL 2011 • POR • 08h44
Itaciana Santiago *


A vida anda a passos largos e precisamos acompanhá-la de forma eficiente e com bom preparo físico. As facetas apresentadas como ideal pela cultura social na qual estamos inseridos, de bem viver, exige tanto que chegamos ao extremo de nossas condições físicas, emocionais, financeiras...

Das experiências que tive, muitas coisas aprendi. Vivi, sofri, chorei, me lamentei, sorri, fui feliz. Aprendi que não adianta ir para lá e para cá, há que se ter uma rota definida, um farol que nos orienta pelos caminhos a percorrer, pois o que nos sobra sempre, somos nós mesmos, com todas nossas imperfeições e também nossas perfeições, com nossos erros e acertos. Usufruímos da presença das pessoas que conquistamos (às vezes por demais até) e as afastamos pelo nosso desejo de posse, como se isso fosse possível.

Sempre queremos que tudo seja como nosso universo interno, formulado em nossa mente e extravasado em sentimentos compulsivos de tristeza e dor ou euforia exacerbada e quando muito nossa apatia aparentemente sem fundamento. Percorremos um longo caminho a procura do ideal, tropeçamos em obstáculos gigantescos, enfrentamos desafios, construímos aparatos de defesa que longe estão do completo, do medianeiro entre a paz e a guerra.


Por onde andamos desde o homem das cavernas? O que construímos ao longo de nossa trajetória evolutiva? O que vimos e o que fizemos? Perdemos-nos muitas vezes pelo processo da busca de nós mesmos, perambulando pela vida como sonâmbulos, criando fantasmas que longe estão de existir.

Analisamos que nos complexos caminhos mentais estamos em constantes conflitos, conflitos estes que nos proporcionam e nos impulsionam para o conhecimento de nós mesmos, isso é, se tivermos o discernimento da auto-análise e da corrigenda de nossas falhas.

Penso, portanto, que onde quer que estejamos, estaremos conosco mesmo, aqui e acolá, teremos que aprender a nos respeitar, deixar de violências conosco mesmo, amar o que nos compete, livremente, sem delongas, em doação constante, liberando o que de melhor temos, para o nosso próprio bem e de quem participa conosco nessa já tão difícil e atribulada vida.

Digo-lhe, desprenda do que lhe faz mal, não aceite ser subjugado, apesar de tudo, tudo mesmo, a vida é bela e (a priori) temos que vivê-la!
Pense nisso.

######*Pedagoga, Psicopedagoga, Especialista em Família e Políticas Públicas, Membro do Comitê de Governança Unicef Opas, itacianasantiago@gmail.com, www.itacianasantiago.blogspot.com