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Deus é fiel e sou testemunha disso

11 JUL 2011 • POR • 10h38
Benê Cantelli


É muito bom saber que Deus é fiel. Melhor ainda é reconhecer. Muito melhor, é testemunhar.

Há algumas passagens bíblicas conferidas no dia a dia de nossa existência em que podemos reconhecer que Deus, realmente, é fiel. Às vezes, essa fidelidade divina pouco tem a ver com nossas atitudes de servilismo ou reciprocidade a Ele.


Não é de descartar a eventual possibilidade de vermos pessoas que não tem maior vínculo de fidelidade ao Senhor e, no entanto, receberem bênçãos que muitos dos seus chamados fiéis são carentes.

Esse é o nó da questão. Contudo, para discernir ou mesmo, querer entender, à luz da fé, este nó, temos que nos reportar a conselhos ou mandamentos exarados por Jesus em sua Palavra: “Não julgueis para não serdes julgados”. Penso que ao tomar essa de decisão, Jesus abortou a idéia de que as pessoas são o que são pelo seu exterior, quando na verdade para Ele o que interessa está em seu intimo, sua consciência e, estes não estão ao alcance de nossos olhos.

Deus não faz chover apenas nas terras dos chamados “filhos seus”. Também o faz, nas terras dos bastardos. O diferencial estará na hora do peso e da medida: “Com a mesma medida que medirdes sereis medidos”. Tenho certeza de que para Deus é extremamente muito mais importante reconhecer nossas ações para um julgamento que nos conferirá alguma recompensa em nível de eternidade do que para uso fruto aqui na terra.

Não fora assim, o que diríamos da vida dos grandes e pequenos profetas do antigo testamento e de todos os apóstolos e servidores mais próximos de Jesus? Será que a vida do nosso Mestre foi diferente dos sofrimentos a que estamos constantemente subjugados e, por isso, resmungamos, reclamamos e murmuramos, quando eles nos acontecem?

Tem pregadores que, acintosamente, se declaram contra o texto Sagrado, quando afirmam que Jesus levou na cruz todos os nossos sofrimentos, tristezas, enfermidades e carências. Ele nunca disse isso, pelo contrario, não são poucas as vezes que seu recado é frontal e radicalmente diferente: “Sofrereis muitas atribulações”. “Sereis perseguidos”. “Quem me seguir, renegue-se a si mesmo, pegue sua cruz”.

Fez questão de não mentir e muito menos de nos enganar.

O apóstolo Tiago diz em sua única carta: “Tendes por grande alegria o passardes por muitas provações”. Paulo em sua segunda carta aos Coríntios, é mais direto, quando afirma: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos”.

Esta é nossa alegria. Ele passou por tudo isso e venceu dizendo: “Vocês também vencerão”. Esse é o nosso conforto e consolo.

Certa vez, numa reunião, onde falávamos sobre a fidelidade de Deus, alguém disse, em tom inclusive de piedade, por conhecer alguns de meus sofrimentos, angústias, dores incalculáveis, tais como, perda de uma filha tão jovem por um câncer, traições de amigos, perseguições, inclusive judiciais que, eu não servia como exemplo para testemunhar e contar os benefícios e exemplo da fidelidade de Deus em minha vida.

Não tive outro argumento, em resposta, que não fosse a própria Palavra quando se refere a maior tempestade que os apóstolos pescadores sofreram em alto mar. As ondas eram gigantes, a impressão certa é de que o barco ia afundar, tamanha a força do vento. É de salientar, contudo, que Jesus estava no barco com eles: “Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança”.

Bom dia.

Melhor semana crendo que, em tudo, Deus está conosco.




Professor | cantelli@terra.com.br