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Rebeldes da Líbia avançam pelo sul rumo a Trípoli

7 JUL 2011 • POR • 15h20
Rebelde celebra a tomada da cidade líbia de al-Qawalish nesta quarta-feira - Foto: AP
Fonte: G11


Os rebeldes da Líbia que buscam derrubar o ditador Muammar Kadhafi seguiam avançando nesta quinta-feira (7) em direção à capital, Trípoli, após lançar uma nova ofensiva no país com o apoio da Otan.

Os rebeldes do enclave costeiro de Misrata progrediram em direção ao oeste e encontram-se a 8 km do centro de Zliten, após os combates contra as forças governamentais que deixaram 20 mortos, segundo um comunicado recebido nesta quinta-feira pela France Presse.

Os insurgentes vinham de Misrata, a grande cidade rebelde do oeste que foi assediada pelas forças leais a Kadhafi, e foram avançando ao longo da costa. Zliten está situada 60 km a oeste de Misrata e 150 km ao leste de Trípoli.

O avanço coincide com outra ofensiva rebelde ao sudoeste de Trípoli para se aproximar da capital e acentuar a pressão sobre o regime.

Reforçados pelas armas francesas lançadas por paraquedas e em coordenação com os ataques aéreos da Otan contra a linha de frente dos pró-Kadhafi, os rebeldes atacavam as forças do regime nas planícies situadas a sudoeste da capital.

A zona atacada pelos rebeldes é considerada estratégica para chegar à Trípoli, bastião de Kadhafi.

Nesta região encontra-se a cidade de Gharyan, outro feudo do governo, situado nas montanhas de Nafusa.

O conflito na Líbia coloca em perigo o sítio arqueológico excepcional de Leptis Magna, classificado patrimônio mundial da Unesco e onde as forças de Kadhafi teriam escondido armas, afirmou o chefe da organização Patrimônio sem fronteiras (PSF).

A organização cita, em particular, testemunhos líbios segundo os quais "o sítio serve para esconder armas" pertencentes às forças do coronel.

A ONG criada em 1992 com o apoio do ministério francês da Cultura teme que os vestígios da cidade antiga, situada na costa a apenas 40 km da linha de frente, sejam bombardeados pela Otan.

A Aliança Atlântica deu uma lista de sete alvos atacados, nos quais o exército de Kadhafi armazenava material militar. Deste material, foram destruídos oito veículos blindados e equipamento para o fornecimento de combustível.