Pets

“Donativos chegaram no momento certo”

7 JUL 2011 • POR • 07h05
Fotógrafo Hédio Fazan entrega donativos para as crianças carentes - Foto: Valéria Araújo/PROGRESSO
Valéria Araújo


DOURADOS – Famílias sem teto, moradoras em barracos de lona numa área do Jardim Pelicano de Dourados receberam donativos na manhã de ontem. A comunidade sofreu com as chuvas e o frio da semana passada. Muitos barracos desabaram com as fortes ventanias e famílias inteiras ficaram desabrigadas e tiveram que ser removidas do local.


O PROGRESSO e site Douradosagora pediram e a sociedade se mobilizou. O Grupo Mesa 20 da Associação Atlética Banco do Brasil arrecadou milhares de peças de agasahos e dezenas de cobertores. Outras dezenas de cestas básicas, contendo materiais de limpeza e higiene foram doados pelo empresário Romem Barleta, da Embresul Embreagens, pela Mercearia Oshiro e Associação de Combate ao Câncer de Dourados. ]


O PROGRESSO também recebeu alimentos e agasalhos de pessoas que entregaram os produtos na sede deste matutino e não quiseram se identificar. Tudo foi colocado nas mãos das mais de 60 crianças que vivem no Jardim Pelicano, e que estavam em condições precárias.



A tesoureira da Associação de Moradores do acampamento, a atendente Laíza Janine Felten, disse que a entrega dos produtos chegou em boa hora. Segundo ela, com a chuva vários barracos desabaram e famílias inteiras ficaram desabrigadas. Ela informou ainda que a falta de agasalhos no inverno é algo preocupante. “É só andar por aqui e ver.

Em meio ao frio intenso crianças brincam desagasalhadas, porque os pais não dispõem de recursos para comprar. Os meus filhos mesmos não têm agasalho nem coberta para se cobrirem à noite. Todas as famílias agradecem muito a população por ter ajudado as nossas crianças”, se emociona.

As crianças tiveram uma manhã de festa, com direito a distribuição de balas e guloseimas. “As nossas crianças voltaram a sorrir por causa da população de Dourados. Estamos muito felizes e muito agradecidos a todos”, conta a tesoureira.

Conforme noticiou O PROGRESSO, a comu-nidade abriga 140 famílias. A maioria trabalha, porém a maior dificuldade é a discriminação. “Geralmente não se consegue emprego fixo, porque ninguém quer dar emprego para quem é sem teto”, lembra o morador João Aparecido Souza Chaves.


Segundo ele, a previsão da prefeitura é de começar a construir 140 casas nos próximos meses e entregá-las em um ano. “Até lá vamos aguentando. Temos ajuda da assistente social do município que sempre está nos socorrendo”, lembra.