Variedades

Sombra e Luz

6 JUL 2011 • POR • 14h18
Por Julio Capilé < />

Quando Jesus disse: ”Vós sois a luz do mundo! Se a luz que existe em vós são trevas, quão tristes serão tais trevas”, Ele mostrou a responsabilidade de Seus seguidores. Somos constituídos de sombra e luz e a cada momento passamos de uma para outra. A labilidade emocional das pessoas é muito acentuada ainda. Pensa-se em viver civilizadamente, mas há ocasiões em que a civilização que todos almejam, deixa de existir numa relação até mesmo entre pessoas queridas. É muito triste!

Vemos no Livro dos Espíritos no capítulo sobre CIVILIZAÇÃO o muito que temos a realizar para dizermos seguidores do CRISTIANISMO. Este, através dos tempos tem demonstrado que seus seguidores não são tão adeptos da luz assim. Têm pecado muitas vezes. Verdadeiras trevas a manchar os ensinamentos do Mestre: doçura, tolerância, mansuetude, compreensão, paz, esperança, caridade. Deixou seus ensinamentos de LUZ e quantas vezes o cristianismo, ou seja, os cristãos os transformaram em trevas! Basta lembrar que desde o século II iniciaram as perseguições aos que não comungavam com a doutrina do cristianismo. Lutas aguerridas em todos os tempos. Irmãos contra irmãos, perseguição aos médiuns taxados de bruxos, portanto contra o cristianismo.

Como a mediunidade sempre existiu e muitos não tinham poder sobre ela, foi grande o número deles a padecerem na fogueira. Aconteceram também as Cruzadas, guerras em nome do Cristo. Depois veio a Reforma, cujos seguidores eram os Protestantes. Dividiu-se, pouco depois, em Calvinistas e Huguenotes. O Catolicismo dominante os perseguiu. Houve a famosa Noite de São Bartolomeu, em que, na calada da noite, em Paris, a mando do Cardeal, foram dizimados os Huguenotes e a mortandade contra os Templários. E os cristãos vêm mostrando trevas. Agora vejamos a responsabilidade para o futuro. No Livro dos Espíritos está escrito o trecho abaixo:

“De dois povos que tenham chegado ao ápice da escala social, só poderá dizer-se o mais civilizado, na verdadeira acepção do termo, aquele em que se encontre menos egoísmo, cupidez e orgulho; em que os costumes sejam mais intelectuais; em que a inteligência possa desenvolver-se com mais liberdade; em que exista mais bondade, boa vontade, benevolência e generosidade recíprocas; em que os preconceitos de casta e de nascimento sejam menos enraizados, porque esses prejuízos são incompatíveis com o verdadeiro amor do próximo; em que as leis não consagrem nenhum privilégio e sejam a mesma para o último como para o primeiro; que a justiça se exerça com o mínimo de parcialidade; em que o fraco encontre sempre apoio contra o forte; em que a vida do homem, suas crenças e suas opiniões sejam mais respeitadas; em que haja menos desgraçados; e, por fim, em que todos os homens de boa vontade estejam sempre seguros de não faltar-lhe o necessário”.
“Será essa a civilização que o Espiritismo estabelecerá na Terra”.

Está aí o desafio para o futuro. Nossa responsabilidade é muito grande!

Médico. Escreve às 4ªs feiras no O Progresso