Cidades

Lançada a 4ª Bienal dos Negócios da Agricultura em Campo Grande

30 JUN 2011 • POR • 22h40
Rui Prado fala sobre a feira, com Seneri Paludo, Eduardo Riedel e Dalpasqual - Foto : Rosane Amadori
Campo Grande - Fortalecer a posição do Centro-Oeste na produção de grãos e debater os atuais desafios da agricultura brasileira. Essa foi a tônica do lançamento da 4ª Bienal dos Negócios da Agricultura - Brasil Central, realizada na Casa Rural, em Campo Grande, na manhã de ontem. O lançamento regional foi realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e contou com as presenças do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner e do presidente e superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de MT (Famato), Rui Prado e Seneri Paludo, respectivamente. O presidente da Associação dos Produtores de Soja (AprosojaMS), Almir Dalpasquali, também esteve presente no evento.



Com uma programação composta de painéis expositivos, que reunirá todos os agentes da cadeia produtiva, a Bienal acontece em Goiânia nos dias 11 e 12 agosto. Durante o lançamento em Campo Grande, o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, destacou que o evento vai avaliar a estrutura de negócios de toda a cadeia produtiva agrícola da região. “Será um ambiente para mostrar a potencialidade do que já é produzido e debater o que está por vir”, disse, referindo-se ao desafio de aumentar a produção de alimentos para atender a demanda mundial mesmo sem estender a área cultivada.

Em seu pronunciamento, Rui Prado destacou que a elaboração conjunta do evento mostra a superação de divisões políticas entre os estados do Centro-Oeste em nome do fortalecimento do principal vetor da economia da região. José Mário Schreiner foi na mesma linha, enfatizando os debates em torno das possibilidades que se abrem para a atividade em âmbito mundial.


Para entender as maiores demandas dos produtores, a Bienal colocará em pauta as discussões relativas às principais cadeias produtivas do Brasil Central – algodão, cana de açúcar, soja e milho –, avaliando a importância da região para os alicerces da agricultura nacional. O Centro Oeste possui um território de mais de 160 milhões de hectares e registra um produto interno bruto que chega a R$ 161 bilhões anuais. Apesar dos bons resultados e da posição estratégica no que diz respeito à produção de alimentos, a região enfrenta dificuldades impostas por sua localização, seu clima e sua infraestrutura. A ideia é afinar o discurso do setor em atividades programadas para um público médio de 800 pessoas.

A abertura da Bienal será dedicada a discutir o potencial agropecuário no Brasil Central. Foram convidados para o painel os governadores das quatro unidades federativas, além da presidenta da Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil, senadora Kátia Abreu (PSD-TO). No segundo dia, o debate se amplia ainda mais, com painéis sobre sistemas produtivos, modelos e ambientes de negócios, cenário macroeconômico e a demanda mundial por alimentos e biocombustíveis. Participam da conferência consultores, economistas e representantes das maiores empresas do setor.

Institucional

As federações agrícolas do Brasil Central são entidades que trabalham na defesa do produtor rural. Agrupam serviços de aprendizagem e sindicatos. Fazem parte da Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil (CNA), que atua no âmbito político nacional e tem representantes nos 26 estados e no Distrito Federal. É comandada pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO).