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Deputado é acusado de dar tapa em colega

20 JUN 2011 • POR • 18h29
O deputado federal Sérgio Moraes e o estadual Ronaldo Santini se envolveram em uma confusão durante encontro do PTB gaúcho neste final de semana em Porto Alegre. De acordo com a assessoria de Santini, Sérgio Moraes deu um tapa no rosto do deputado estadual.

Moraes, que em 2009 ficou no centro de uma polêmica após dizer que estava \"se lixando\" para a opinião pública, nega que o tapa tenha sido intencional. Ele afirmou que caiu durante a confusão, e a mão atingiu involuntariamente o colega de legenda.

“Foi a mão canhota que pegou nele, e eu não sou canhoto. E se eu tivesse que bater nele, eu ia dar um soco, não um tapinha com a mão esquerda”, disse Sérgio Moraes ao G1.

O deputado estadual Ronaldo Santini afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá se pronunciar até que o PTB gaúcho se manifeste a respeito do assunto.

De acordo com Sérgio Moraes, a discussão aconteceu depois que ele questionou, em discurso aos filiados, o critério usado pelo partido para a distribuição de cargos no estado.

“Fiz um discurso que não foi contestado por ninguém. Eu não quero cargo pra mim. Os filiados me aplaudiram quando eu disse que o partido não pode usar os cargos em benefício próprio, fazer panelinha”, afirmou Moraes.

“Eu estava sentado ao lado do Santini. Quando parei de falar, o Santini começou a me ofender: ‘Tu vai pagar as consequências’, ‘Tu não podia ter falado isso’. Nós dois levantamos da cadeira. Eu achei que ele fosse me agredir e acabei caindo. Durante a queda, bati a mão esquerda nele”, afirmou Sérgio Moraes.

Opinião pública

Em 2009, ao rebater críticas sobre sua atuação como relator no Conselho de Ética da Câmara de processo contra o então deputado mineiro Edmar Moreira, Moraes disse que estava \"se lixando\" para a opinião pública. Moreira era investigado por tinha um castelo de R$ 25 milhões registrado em nome dos filhos.

Depois, Moraes admitiu ter sido “infeliz” ao afirmar que estava “se lixando para a opinião pública”, mas disse que não retirava a frase.

“É evidente que eu fui provocado. É evidente que deu debate, teve frases e palavras antes e depois. Isso foi tudo para o lixo. O que interessa é aquela frase. A frase não foi boa, foi acalorada, infeliz, mas não retiro ela. Não disse para a população, disse para a jornalista. Disse que pode escrever o que quiser aí que eu me elejo mesmo”, declarou à época.