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EUA pedem 'ação' ao contestado presidente da Síria

20 JUN 2011 • POR • 22h35
Sírios protestam contra o presidente Bashar al Assad em campo de refugiados em Hatay, na Turquia, nesta segunda-feira - Foto: AP
Os EUA disseram nesta segunda-feira (20) que querem ver \"ação e não palavras\" do presidente da Síria, Bashar al Assad, que pouco antes prometeu fazer reformas políticas em um prazo de meses.

Sobre a declaração de Assad atribuindo o levante no país a sabotadores, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Victoria Nuland, disse: \"Nós não acreditamos nisso\".

A porta-voz afirmou ainda que o povo segue realizando protestos, o que mostra que \'para eles suas palavras não são suficientes\'.

Manifestantes antigoverno tomaram as ruas do subúrbio de Damasco e de outras cidades da Síria nesta segunda após o discurso de Assad. Os manifestantes dizem que Bashar não correspondeu às expectativas de mudanças políticas que o povo espera. \"Não ao diálogo com assassinos\", gritavam cerca de 300 pessoas em Irbin, segundo a agência de notícias Reuters.

Bashar al Assad enfrenta três meses de protestos contra seu regime e, em seu discurso, ele disse que um diálogo nacional começará em breve e que vai pedir ao Ministério da Justiça que estude a ampliação de uma anistia recente, mas que é necessário diferenciar \'sabotadores\' de pessoas com demandas legítimas.

\"O diálogo nacional poderia resultar em emendas da Constituição ou em uma nova Constituição\", disse ele em um discurso pronunciado na Universidade de Damasco e exibido pela televisão estatal. Assad advertiu ainda que a economia da Síria está sob a ameaça de \"colapso\". \"Temos que busca um modelo conveniente para a Síria\", completou.