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Saab volta a interromper produção

9 JUN 2011 • POR • 15h10
Sede da Saab em Trollhattan, na Suécia - Foto: Arquivo/Reuters
Duas semanas após retomar a produção parada por quase dois meses devido a problemas financeiros, a montadora sueca Saab voltou a suspender operações na última terça-feira (7). O motivo agora é a falta de peças enviadas por fornecedores.

Alguns ainda estariam aguardando pagamento da Saab e um outro fornecedor, a Lear, que praticamente atende apenas a marca, deu licença remunerada a seus funcionários até o fim da semana.

\"Todos queremos que a Saab sobreviva, mas as dúvidas são muitas\", disse Svenaake Berglie, diretor de um dos fornecedores, a FKG, à agência TT news.

A Saab diz que não pode continuar a produzir porque não tem estoque de peças. \"Trabalhamos no sistema \'just in time\', por isso não temos grande estoque de diferentes componentes, só o que é necessário para o momento\", diz a porta-voz Gunilla Gustav à France Presse. \"A produção foi paralisada ontem à tarde. Hoje cedo trabalhamos na montagem, mas durante boa parte do dia parou tudo e continuará assim\", afirma Gunilla. A meta de produção para a semana foi reduzida.

A Saab, que pertencia à General Motors, foi vendida por US$ 400 milhões para a holandesa Spyker, fabricante de carros de luxo em 2010, quando a montadora norte-americana tentava sair de sua pior crise. Foram meses de negociação e a marca quase foi extinta.

Em março, a Saab suspendeu a produção porque não tinha como pagar os fornecedores. No mês passado, anunciou uma parceria de 30 milhões de euros com o grupo chinês Pang Da Automobile, o que permitiu a retomada das atividades no último dia 27. O acordo ainda está sujeito à aprovação dos governos chinês e sueco, do Banco Europeu de Investimento e também da GM. Dias antes, uma tentativa de parceria com outra empresa da China, a Hawtai Motor Group Company Limited, não foi concretizada.

Para incrementar a saúde financeira, a Saab também irá se reunir com o Banco Europeu de Investimentos para solicitar empréstimo de outros 29,1 milhões de euros. Atualmente, a montadora tem 3.800 funcionários.