Política

Justiça barra a “Marcha da Maconha” em Brasília

3 JUN 2011 • POR • 18h12
marcha aconteria na tarde desta sexta-feira no Distrito Federal
BRASILIA - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ\\DF) barrou a Marcha da Maconha que seria realizada na tarde desta sexta-feira em Brasília. O anúncio da proibição foi feito pelo advogado dos organizadores do evento, Mauro Machado Chaiben, pouco antes do início previsto da manifestação.

A decisão foi dada pelo desembargador do TJ\\DF, João Timóteo de Oliveira, da 4ª Vara de Entorpecentes. O tribunal confirmou a proibição.
O pedido foi feito pelo Ministério Público ao TJ, depois que uma primeira solicitação para barrar a marcha havia sido negada pelo TJ.
Ao serem informados da proibição, os manifestantes promoveram uma vaia coletiva contra a decisão da Justiça e decidiram prosseguir com a caminhada pela Esplanada dos Ministérios, mas adotando o nome de “Marcha pela Liberdade de Expressão”.

Na saída do evento, uma manifestante pedia que nenhum integrante da marcha fumasse a droga durante o protesto nem que usasse imagens referentes à maconha.

Os manifestantes chegaram a fechar as seis pistas da Esplanada dos Ministérios, mas passaram a se concenrtrar em três delas ao longo da caminhada. Impedidos de fazer apologia à droga, os manifestantes passaram a gritar, durante a caminhada, \"Ei, polícia, pamonha é uma delícia\" e \"Polícia pra ladrão, pra maconheiro, não\".

Os manifestantes seguiram para o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Na frente da corte, os manifestantes fizeram a imagem de uma folha de maconha e passaram a gritar: \"STF cadê a liberdade de expressão?\".
A marcha não viria até aqui, mas decidiram protestar na frente do STF por causa da proibição, disse o advogado Mauro Chaiben. “Os órgãos de segurança pública do DF não conseguiram digerir uma decisão proferida na última hora”, afirmou, ao dizer que a polícia acompanhou a marcha sem interferir na manifestação.

Na frente do Congresso, os manifestantes voltaram a entoar slogans pela legalização da droga. “Ei, doutor, maconheiro é eleitor”, gritavam.