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Forças do governo matam 13 em cidade sitiada da Síria

2 JUN 2011 • POR • 20h35
Oposicionistas sírio protestam contra o governo nesta quinta-feira - Foto: AP
Forças de segurança da Síria mataram ao menos 13 civis na cidade de Rastan, na região central do país, nesta quinta-feira (2), afirmaram ativistas, no mais recente ato de repressão a oposicionistas do governo do presidente Bashar al Assad, há 11 anos no poder.

A oposição síria no exílio, reunindo-se na Turquia, pediu a renúncia imediata de Assad e a entrega do poder ao vice-presidente até que seja formado um conselho para supervisionar a transição para a democracia.

\"Os delegados se comprometeram com as demandas da população síria para derrubar o regime e apoiar a revolução popular por liberdade e dignidade\", disse um comunicado emitido por 300 membros da oposição após dois dias de conversações em Antalya.

Com o apoio de tanques, as forças de segurança sitiam a cidade de Rastan, de 60 mil habitantes, desde domingo, num esforço para reprimir os protestos.

As 13 vítimas foram baleadas por atiradores e pelas forças de segurança que impuseram um toque de recolher, disseram à Reuters Ammar Qurabi, chefe da Organização Síria para os Direitos Humanos, e a advogada Razan Zaitouna.

Na terça-feira, um bombardeio matou 41 pessoas, incluindo uma garota de 4 anos, disse Zaitouna. Ao menos 200 pessoas foram presas.

A Síria barrou a maior parte da mídia internacional, dificultando a checagem da violência.

O governo sírio atribui o levante a grupos armados apoiados por islâmicos e por potências estrangeiras.