Policia

Professor continua preso depois de audiência

1 JUN 2011 • POR • 23h37
A juiza decidiu manter o professor preso Foto: div.
DOURADOS – Depois de audiência de instrução debates e julgamento, realizada na tarde de terça-feira e que durou mais de quatro horas, a juíza Dileta Terezinha Souza Thomaz, decidiu manter preso provisoriamente o professor, de 36 anos, que é acusado pela ex-mulher de pedofilia e armazenar materiais pornográficos em seu computador. Ele deve ficar preso até a juíza dar a sentença, o que deve ocorrer dentro de 15 dias, após análise do resultado da perícia feita no pen drive, em Campo Grande e que deve ser entregue em poucos dias.

Durante a audiência sete testemunhas de defesa e quatro da acusação foram ouvidas. Ao todo foram arroladas 14 pessoas, mas na terça-feira, uma de defesa e duas de acusação foram dispensadas.

A audiência, que começou às 16h e só terminou às 20h30, teve alguns momentos tensos. O advogado de defesa do professor, Maurício Rasslan chegou a afirmar que o processo estava nulo.

No entanto, as provas testemunhais produzidas, após serem ouvidas as testemunhas, reforçaram a acusação feita pela promotora Fabrícia Barbosa Lima.

A adolescente de 12 anos, enteada, do acusado e que foi registrada quando tinha apenas 2 anos, estava bastante nervosa, mesmo assim ela prestou depoimento detalhando fatos de libertinagem praticados pelo professor, que antes eram desconhecidos, no processo, agravando ainda mais a situação do acusado que está numa das celas da Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac).

Os depoimentos tanto da adolescente, quanto da ex-mulher do professor e da psicóloga reforçaram o depoimento da delegada Franciele Candotti Santana que teve acesso ao conteúdo do pen drive, que está sendo periciado na Capital.

A psicóloga também ressaltou que acusado sofre de dupla personalidade. Durante o dia como professor, passava a imagem de profissional sério e respeitoso, no entanto nos momentos de folga, principalmente quando ingeria bebidas alcóolicas, transformava seu comportamento, vindo a praticar tais delitos. Todos esses fatos novos complicaram ainda mais a situação do acusado.

Para o assistente de acusação, o advogado criminalista Isaac Duarte de Barros Júnior, a condenação do professor é uma questão de tempo e que a pena não deverá ser branda. Ele também acredita que o professor não conseguirá em momento algum aguardar o desfecho do processo em liberdade.