Policia

PMA prende suspeito de manter 'açougue' de carnes silvestres

2 JUN 2011 • POR • 09h13
Foram apreendidas carnes de capivara, quati, espingardas e munições - Foto: Divulgação/ PMA
A Policia Militar Ambiental (PMA) prendeu no fim da tarde desta terça-feira (31) um assentado que caçava animais silvestres e estaria comercializando a carne em um assentamento no município de Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande. O capitão da PMA, Ednilson Queiroz, informou ao G1 que há denúncias de que o suspeito mantinha uma espécie de açougue clandestino em casa.

Segundo o capitão, na casa do assentado os policiais encontraram um freezer que continha parte de uma capivara e um quati inteiro. Ainda foram apreendidas uma espingarda calibre 22 com 116 munições, uma espingarda de pressão, além de espoletas, chumbos e cartuchos de calibre 28 já utilizados.

A PMA informou que o suspeito confessou que praticava a caça dos animais silvestres na região, mas negou que comercializava a carne.

“Ele alegou que caçava para consumo próprio, mas moradores do assentamento informaram que ele vendia a carne de caça para várias pessoas”, afirma o capitão.

Ainda segundo o capitão, as denúncias de comercialização ilegal de carnes de caça são muito frequentes no interior do estado.

\"Um quilo de carne de jacaré vendida legalmente, abatida em cativeiros certificados, custa em torno de R$ 50 no estado e chega a custar R$ 70 nos grandes centros. Esses caçadores ilegais não chegam a vender tão caro, mas eles lucram mesmo assim porque não gastam quase nada abatendo um animal que está solto na natureza, explica Queiroz.

O caçador foi preso e encaminhado para a delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Ele também foi autuado em R$ 1000 pelo abate dos animais silvestres. De acordo com a PMA, ele deve responder somente ao crime ambiental de caça, porque não há provas suficientes da comercialização. Se condenado poderá pegar pena de seis meses a um ano de detenção.