Policia

Presa em SP, Kelly é trazida para Dourados

30 MAI 2011 • POR • 22h00
Foto: div.
DOURADOS - A sul-mato-grossense Kelly Samara Carvalho dos Santos, 22 anos, presa no dia 13 desse mês, na cidade de Bebedouro, no Estado de São Paulo, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Dourados, chegou na tarde ontem no município, por volta das 15h. Ela está presa numa das celas do 1º Distrito Policial.

Kelly era procurada por roubar cartões de crédito e cheques, usados para compras em lojas de luxo e restaurantes. Os golpes foram dados em três Estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
A jovem ficou conhecida em 2007 quando foi presa e acusada de aplicar vários golpes em São Paulo, principalmente em lojas dos Jardins, Brooklin, Vila Olímpia e do Itaim Bibi.

Desta vez, Kelly foi detida em uma república de Bebedouro, interior paulista. Segundo a Polícia Civil, ela estava sendo procurada e se mudou para a cidade. A jovem estava sendo monitorada e havia informações de que iria embora.

O delegado José Eduardo Vasconcelos, em entrevista a EPTV, disse que Kelly circulava “com status social bastante interessante” em Bebedouro e ainda Jaboticabal, Ribeirão Preto e Barretos. A jovem está sendo investigada por roubo de cartões de crédito e cheques usados para compras em São Paulo. Para conseguir benefícios, como reserva de jatinhos, ela se passou até por filha do presidente do Paraguai, Fernando Lugo e sobrinha de dona de uma loja conhecida, na rua Oscar Freire, em São Paulo.

FICHA

Kelly já tem histórico por delitos semelhantes. No dia 21 de agosto de 2007 foi presa e acusada de estelionato. Ficou detida durante oito meses, passando pelos presídios de Sant´Anna, na zona norte de São Paulo e, por último, em Taubaté, de onde foi liberada no dia 2 de abril de 2008, data de senteça de absolvição, concedida pela 22ª Vara Criminal de São Paulo.

No despacho, o juiz Fernando Migliori Prestes, ela avalia que não foram constatadas provas da prática de estelionato. “Não consta nos autos um único depoimento de vítima que foi enganada ou seduzida pela ré (...)”. Em outro trecho, o magistrado acrescentou ainda: “pergunta-se, o que a ré obteve ao colocar os cheques em circulação? A denúncia não narra (...) não há pagamentos ou bens materiais (...) nem há provas de que tenha bens adquiridos (...)”.

Natural de Amambai, Kelly Samara já foi acompanhada pelo Conselho Tutelar e Promotoria da Infância e Juventude do município desde 2001, quando ainda tinha 13 anos de idade. Em entrevista ao portal TV Morena, em agosto de 2007, o promotor da Infância e Juventude de Amambai, Ricardo Rotunno, disse que em em todas as apreensões de Kelly Samara feitas na região, ela usava sempre o mesmo expediente para justificar suas ações: culpava a família e as autoridades pelos crimes.