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Ponta Porã faz campanha contra glaucoma

28 MAI 2011 • POR • 08h43
Diagnóstico precoce do glaucoma pode ajudar evitar a cegueira - Foto : Divulgação
PONTA PORÃ - Ponta Porã promove, neste sábado, a 4ª Campanha contra o Glaucoma. Uma parceria entre o Rotary Club Fronteira e Centro Oftalmológico Ponta Porã que vão estar atendendo a população de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, de graça. O objetivo é alertar para a prevenção da doença.

O mutirão será realizado também para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado no dia 26 de maio. Paralelo aos exames serão oferecidos vacinação contra gripe para idosos e teste de glicemia.
Os atendimentos começam às 8h e vai até o meio dia, na Escola Estadual João Brembatti Calvoso, na Avenida Brasil 836, centro de Ponta Porã, ao lado do Corpo de Bombeiros.

Três médicos oftalmologistas estão prestando atendimento de aferição da pressão ocular e diagnóstico de glaucoma. Segundo o presidente do Rotary de Ponta Porã, Abedão Custódio, durante a campanha, no ano passado, mais de 400 pessoas foram atendidas sendo que 60% dos casos foram considerados positivos para a doença que pode cegar.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 65 milhões de pessoas já foram diagnosticadas com glaucoma em todo o mundo – dessas, 900 mil são brasileiras. A cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma no mundo.

GLAUCOMA


O glaucoma é uma doença causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como conseqüência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.

O sintoma, a princípio, pode passar desapercebido, mas a perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. De modo geral, a doença aparece com mais freqüência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intra-ocular mais elevada.



Dois sinais merecem atenção: pressão intra-ocular acima da média e alterações no nervo ótico, perceptíveis no exame de fundo de olho. Outros fatores podem ajudar a confirmar o diagnóstico. São pacientes de risco os afrodescendentes, que têm maior propensão a desenvolver pressão alta, pessoas com mais de 35 anos e os portadores de diabetes.

O histórico familiar também é importante para o diagnóstico, pois cerca de 6% das pessoas com glaucoma já tiveram outro caso na família.

TRATAMENTO



Inicialmente, o tratamento é clínico e à base de colírios. Existem drogas por via oral que só são usadas em casos emergenciais.

Alguns tipos de glaucoma estão associados a distúrbios que requerem tratamento específico. Cessada a causa, a pressão intra-ocular regride e o problema visual desaparece. Portanto, a medicação oftalmológica é usada por prazo curto enquanto se trata a outra doença que provocou o glaucoma, por exemplo, diabetes.

O glaucoma crônico - tipo mais comum da doença - exige o uso constante de colírios pela vida inteira, porque não tem cura. Como pode ser controlado por meio de medicação, cirurgia ou raio laser, o paciente precisa ser mantido sob controle ininterruptamente. Tratamento inadequado ou falta de tratamento podem levar à cegueira.

RECOMENDAÇÕES


Consulte com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos. O diagnóstico precoce do glaucoma é fundamental para o controle da doença.


Não se descuide da adesão ao tratamento. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os medicamentos são muito caros. Esse descuido pode ter graves conseqüências.