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Governo da Líbia liberta 4 jornalistas que estavam presos desde abril

18 MAI 2011 • POR • 18h35
A jornalista americana Clare Morgana Gillis, que estava presa na Líbia, chega a hotel em Trípoli nesta quarta-feira - Foto: AP
O governo da Líbia libertou nesta quarta-feira (18) quatro jornalistas que estavam detidos desde 4 de abril no país. Eles chegaram a um hotel na capital, Trípoli, segundo testemunhas.

Os jornalistas estavam fatigados, mas em bom estado de saúde.

Todos desapareceram em 4 de abril, quando cobriam a guerra civil na Líbia, em que rebeldes oposicionistas tentam derrubar o regime do ditador Muammar Kadhafi.

Em seguida, o governo líbio disse que eles estavam detidos.

Um porta-voz do governo líbio, Musa Ibrahim, havia declarado à France Presse na terça-feira que dois americanos, um espanhol e um sul-africanos seriam liberados \"muito em breve\".

Mas em lugar do sul-africano, foi um britânico, Nigel Chandler, que chegou na quarta-feira ao hotel.

\"Houve uma confusão\" quanto à identidade dos jornalistas, indicou nesta quarta-feira Musa Ibrahim, acrescentando que o sul-africano \"não havia sido localizado\".

O embaixador sul-africano em Trípoli esperava seu compatriota no hotel.

\"Os quatro jornalistas foram julgados por um tribunal administrativo e condenados a um ano de prisão e a uma multa de 200 dinares (US$ 154) cada um, por entrada ilegal no país\", declarou na terça-feira o porta-voz oficial.

Dois americanos, James Forley da agência de notícias GlobalPost e Clare Morgana Gillis, jornalista independente, assim como dois fotógrafos, o espanhol Manu Brabo e o sul-africano Anton Hammerl, haviam desaparecido no dia 4 de abril quando cobriam o conflito na Líbia. O governo havia informado mais tarde que ambos estavam detidos.