Política

Geraldo condena demora na votação

16 MAI 2011 • POR • 22h27
Geraldo participou de reunião sobre mobilização dos ruralistas em defesa do novo Código Florestal. - Foto: Divulgação
BRASÍLIA - O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) defendeu, durante reunião da bancada nesta segunda-feira com produtores na sede da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a votação rápida do novo Código Florestal.

Geraldo já havia defendido a votação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) durante a solenidade de abertura da Expoagro, sábado, na presença do ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

O deputado disse que até se insurgiu à orientação da Liderança do PMDB, afirmando que entre a posição do partido e os interesses dos produtores, defenderá os interesses do setor produtivo.

Geraldo afirma que é legítima a mobilização dos produtores que ensaiam novo ato em Brasília para pressionar pela votação do relatório de Rebelo. Além de Geraldo, estiveram nesta segunda-feira no debate com lideranças ruralistas na Acrissul os deputados federais Luiz Henrique Mandetta (DEM), e Reinaldo Azambuja (PSDB). Compareceram ainda ao evento o presidente e o secretário da Famasul, Eduardo Riedel e Dácio Queiroz.

O presidente da Acrissul, Francisco Maia, ressaltou a necessidade da votação urgente do novo Código, uma vez que o dispositivo ainda precisa ser submetido à apreciação do Senado Federal, para depois seguir para sanção da presidente Dilma.

Na semana passada uma manobra política acabou adiando novamente a votação. Para o deputado Geraldo Resende a bancada do PMDB deve votar a favor dos ruralistas. “Os adiamentos têm frustrado o setor produtivo e os deputados que estão prontos para votar a favor do relatório”, afirmou.

Para o deputado Luiz Henrique Mandetta, é preciso acabar com os pontos polêmicos – aqueles que versam sobre a questão da regulamentação pela União das áreas destinadas a APPs (Áreas de Preservação Permentes), bem como sobre a isenção de reserva legal para propriedades com até 4 módulos fiscais. “É preciso deixar para o Estado e para o Município o direito de regulamentar essas questões”, opina.

De acordo com análise da Acrissul, a Câmara Federal atua diante de dois grandes lobbies hoje: de um lado os ruralistas, que querem mais liberdade para produzir com eficiência e competitividade e, de outro, os ambientalistas, apoiados por ONGs e estas por sua vez apoiadas por grandes produtores de grãos de fora do País, que querem ampliar as limitações no campo, para evitar a competição no mercado eterno.

“O que é consenso entre os produtores rurais e ruralistas é que o relatório produzido por Aldo Rebelo é uma obra de profunda reflexão e equilíbrio, contemplando o incentivo á produção, de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente”, destaca a Acrissul em nota à imprensa.