Cidades

Entrevista:“Nosso desafio é buscar associados”, diz Freire

15 MAI 2011 • POR • 22h50
Antonio Freire – eleito presidente das Associações Empresariais do MS - Foto : Divulgação
DOURADOS - Após um ano na presidência da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), Antonio Freire deixa o cargo até o final deste mês, lembrando que atuou como diretor da entidade em seis gestões, totalizando dez anos participação.

No início deste ano Freire foi convidado a concorrer à presidência da Federação das Associações Empresariais do MS (Faems). Em 16 de abril enfrentou as urnas e venceu com 63 % dos votos, sendo o primeiro douradense a assumir a cadeira da Federação, para o mandato de três anos. Sua posse será durante o II Congresso da Faems, que acontece de 19 a 21 de maio, no Centro Internacional de Convenções, de Ponta Porã.

Nesta entrevista, Freire fala sobre sua vitória nas eleições da Faems, seus projetos para a Federação, os trabalhos desenvol-vidos na presidência da Aced e suas expectativas para o novo cargo.


Como o senhor avalia gestão de um ano frente à Associação Comercial e Empresarial de Dourados?

“Foi uma boa experiência, mas não é mérito só meu e sim de todos os diretores e colaboradores da Associação Comercial. Procuramos fazer o que estava em nosso alcance, e o resultado foi a nossa vitória a presidência da Faems, o que foi muito positiva.”

Quais foram os pontos importantes a serem destacados nos trabalhos que foram realizados?

“Embora o tempo tenha sido curto, foi positivo. Logo que assumimos fechamos uma parceria com o Sebrae com o objetivo de dinamizarmos a administração, e tratar do perfil profissional e a preparação dos nossas colaboradores, para ajustá-los em suas funções, visando maior eficiência em suas tarefas. Além disso, os eventos que a associação realiza, como a Roda Empresarial, foi incrementamos com a Itinerante. A associação saiu da sua sede e foi até os seus associados, como por exemplo a Roda que realizamos na Praça Antonio João, no Shopping Avenida Center e na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com a participação de públicos diferentes e participativos.

Demos continuidade para o Despertar para o Trabalho, e mais recentemente a Exposhopping que acontece na Expoagro, este ano conta com uma novidade, pois estamos realizando, com sucesso, uma mostra de artistas de Dourados e região, o I Olharte. Lançamos uma campanha de filiações visando aumentar o quadro associativo.

A Moção de Congratulação que recebemos no último dia 9, na Câmara Municipal, projeto de autoria dos Vereadores Dirceu Longhi e Jucemar Arnal, posso dizer que foi em decorrência da criação do Observatório Social de Dourados (OSD), pois sem dúvida o OSD vai marcar não somente a Aced, mas toda a sociedade douradense, especialmente pelo seu cunho social que é a boa gestão na aplicação do dinheiro público. Pelo pouco tempo, acredito que fizemos tudo o que estava em nosso alcance.

Quem assume a Aced e quando será a posse do novo presidente?


“Seguindo caminho natural das coisas, quando na ausência do Presidente, assume o primeiro vice-presidente, aqui na Aced não será diferente. Quem assume é o Contabilista Francisco Eduardo Custódio, é um grande parceiro, que conheço muito tempo e tenho certeza que a associação estará em boas mãos. Para que acontecesse a transmissão de cargo precisávamos do aval do Conselho Consultivo, já fizemos a comunicação e foi aprovada sem nenhuma ressalva, e a posse do Eduardo, será nesta terça feira, dia 17, às 19 horas, no auditório da Aced, no mesmo evento que realizaremos em homenagem as mães pelo mês de maio.

O senhor concorreu a Faems, com o candidato Francisco Arruda. A campanha foi desafiadora?

“Sobre a campanha posso dizer que o tempo foi curtíssimo, 30 dias apenas, e eu utilizei menos do que isso para fazer a minha. Mas posso dizer que foi como aqui na Aced, resultado de um grupo de pessoas que nos apoiou de fato muito bom. Tivemos uma vitória incontestável, com 63% dos 32 que votaram, sendo 100% da participação das associações aptas a votar. Acredito que foi tempo suficiente embora tenha sido apertado, mas foi possível fazer um bom trabalho e conseguir a vitória”

Quais são as propostas para a Federação?


“Nós temos várias, mas a principal delas é respeitar a individualidade e reconhecer a potencialidade de cada associação. Vamos buscar através de convênios, com o Sebrae e outras entidades e ainda com os técnicos da Faems, estudar o perfil de cada entidade e desenvolver um trabalho baseado no respeito e na individualidade. Temos associações mais estruturadas e outras de menor porte, mas a nossa postura é desenvolver um trabalho e um tratamento igual a todas”

O que muda na Faems em sua gestão?

“Não muda muito. Na realidade suceder o atual presidente Leocir Montagna é um grande desafio. Ele assumiu a Faems em uma situação extremamente complicada, que acumulava divida mensal na ordem de 10 mil reais e tinha ações trabalhistas pendentes e ele resolveu. Hoje a Federação tem até algum recurso em e se ele deixa a entidade com saldo positivo já foi um avanço muito grande.

Leocir continua como diretor da Faems, e juntos vamos procurar fazer na Federação o que fizemos na Aced ir ao encontro dos associados. Não vamos ficar em Campo Grande esperando que as associações nos procurem, mas vamos procurá-las a fim de desenvolver um trabalho conjunto e atendê-la nas suas necessidades dentro das possibilidades da Faems”

Como é o ritmo do trabalho na Federação?


“Bem diferente da Aced, pois as distâncias são maiores. A Federação percorre o estado inteiro, tem associação que está a 600 km da sede e tenho certeza que vamos ter muito trabalho. Sempre tive consciência disso, mas não temos preguiça e vamos juntos com diretores e associações fazer o melhor.

7 – A sede da Faems é em Campo Grande e o senhor pretende mudar para a capital?


“Não pretendo, até mesmo porque não há necessidade, pois já tenho negócios na Capital e nem por isso mudei. Escolhi Dourados e foi uma decisão pessoal minha, quando eu tinha 13 anos de idade. Sou douradense de corpo, alma e coração, embora não tenha nascido aqui, mas casei-me aqui, tenho filhos douradenses, gosto de Dourados e não pretendo me mudar”

O senhor comentou que acha extenso o mandato de três anos com direto a reeleição. O que pretende fazer em relação a isso?


“Essa é uma das coisas que queremos mudar no estatuto da Federação, pois o mandato é de três anos e permite mais uma reeleição. Isso foi importante até agora, porque a federação estava se estruturando, mas no próximo estatuto queremos acabar com a reeleição ficar o mandato de três anos, pois acredito que as eleições oxigenam a entidade, traz sangue novo, mentalidade nova, até mesmo por que a disputa não é ruim. É um exercício da democracia.

Qual é a composição da sua diretoria e o que o senhor espera dela?


“A diretoria é composta por representantes de associações do estado e eu espero de todos, dedicação e empenho para realizar os trabalhos da Federação. Tenho como vice-Presidente Luiz Fernando Buainain (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande); Primeiro Secretário, Rodrigo Selhorst (Associação Comercial Empresarial de Amambai); Segundo Secretário, Jair Frozza (Associação Comercial e Empresarial de São Gabriel do Oeste); Primeiro Tesoureiro, Adenir Maria Costa (Associação Comercial e Empresarial de Aquidauana); Segundo Tesoureiro, João Julio Arashiro (Associação Comercial e Empresarial de Jardim).

Conselho Fiscal temos como Titulares os membros, Maria Isabel Jerônimo da Silva (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Coxim); Fabiano Nunes de Oliveira (Associação Comercial e Industrial de Fátima do Sul), Vanderley Ramos Duarte (Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas). Já, no Conselho Fiscal Suplentes temos como companheiros, Leocir Paulo Montagna (Associação Comercial e Empresarial de São Gabriel do Oeste); Edson Rufino (Associação Comercial Ind. E Agropastoril de Paranhos); João Carlos Polidoro da Silva (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

O quadro associativo da Faems é representativo?


“Hoje temos 51 associações filiadas. Quando iniciamos a disputa no processo eleitoral, havia 42 associações aptas a votar. Outras nove cumpriram o compromisso e então chegamos a 51 filiadas, no entanto existem mais seis associações que ainda não pertencem ao quadro. Temos 78 municípios no estado, 57 cidades têm associações e outras três estão surgindo e acredito que em seis meses já estarão em funcionando, passando para 60”

Já existem parceiros ou projetos definidos para essa nova fase?


“Estamos trabalhando e buscando parcerias. Penso que todas as entidades devem trabalhar em conjunto para defender interesses empresariais. Queremos parceria com o Sebrae, Senai, Senac, Sesi, Sesc, Fecomercio, Fiems, enfim, todas as entidades produtivas e de representatividade no estado”

Quais são as suas expectativas em relação à posse?


“As expectativas são sempre as melhores, pois não será somente uma solenidade. A posse acontecerá dentro do II Congresso da Faems, de 19 a 21 de maio, no Centro Internacional de Convenções de Ponta Porã, com palestras enriquecedoras e encontros importantes. A solenidade de posse está marcada para o dia 20 de maio, às 20 horas, no salão de festas da Maçonaria com Show da Perla e dos Mariachis. E claro que contar com a presença de amigos, associados e colaboradores, prestigiando o evento será muito bom”

Qual sua mensagem para os presidentes das Associações Comerciais e lideranças do setor em relação, ao desafio para o maior fortalecer a categoria?


“Essa pergunta tem tudo a ver com o Slogan que usamos em nossa campanha nas eleições da Faems, que foi “A força da união”. Acredito que somente unidos, e com os mesmos interesses, seremos atendidos nas nossas reivindicações e conseguire-mos os benefícios que tanto necessitamos para enfrentarmos as concorrências desleais”