Esporte

Ronaldo encerra 2010 sem rótulo de herói

6 DEZ 2010 • POR • 10h40
Foto: Globo Esporte On Line
SÃO PAULO - Se o Corinthians tivesse sido campeão brasileiro, certamente Ronaldo apareceria como protagonista. Se bem que como terceiro colocado não é tão diferente. Até porque a história do Timão no Campeonato Brasileiro teve altos e baixos (apesar da regularidade na tabela), assim como o Fenômeno e suas seguidas lesões.

Enquanto o Timão sofreu com duas trocas de treinadores (Mano Menezes por Adilson Batista e Adilson Batista por Tite), Ronaldo lutou a maior parte do tempo contra problemas musculares e no púbis. Não à toa foram apenas 11 jogos e seis gols marcados. Em 2009, ele fez 24 gols durante todo o ano. “ Foi um ano difícil para o Ronaldo. Vamos continuar trabalhando.
Ano que vem vai ser ainda mais importante, porque provavelmente é o último da carreira dele”, comentou Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do pentacampeão e do clube.

O drama do Fenômeno no ano do centenário alvinegro começou cedo, no dia 27 de janeiro, no duelo contra o Miras-sol, pelo Paulistão. Na ocasião, ele teve uma ruptura da fibrose na coxa direita, em decorrência da lesão sentida contra o Flamengo, nas rodadas finais do Brasileirão do ano passado.
Depois disso, o Fenômeno voltou a jogar 28 dias depois. Alterando os jogos e se dedicando mais à Libertadores, o camisa 9 voltou a ter problema em maio. Durante um treinamento, ele sentiu a panturrilha direita e ficou mais de 100 dias parado. Nesse processo de recuperação, o craque ainda teve uma lesão no púbis.

No final de agosto, Ronaldo voltou a jogar contra o Vitória, no Pacaembu, mas não demorou muito o seu retorno ao departamento médico. No início de setembro, ele sentiu a panturrilha esquerda e desfalcou a equipe por dez rodadas, voltando apenas contra o Guarani, o último jogo da sequência de sete sem vencer.

À época, o Fenômeno avisou que sua ideia era participar de todas as nove partidas que restavam ao Timão no Brasi-leirão. Só que no empate por 1 a 1 com o Vitória, em Salvador, outra lesão atrapalhou. Dessa vez na coxa direita. Algo simples, rapidamente curado e que permitiu seu retorno contra o Goiás, no domingo.

Só que aquele empate lá em Salvador foi fatal. Não fosse aquele tropeço e o Corinthians dependeria apenas de si na última rodada. Ao menos a equipe terminou na terceira colocação e assegurou vaga na Libertadores de 2011, ano em que o Fenômeno, com ou sem lesões, escolheu para encerrar a carreira. (Globo Esporte On Line)