Famílias protestam contra abandono de obra do PAC em Salvador
10 MAI 2011 • POR • 17h10Estrada do CIA é fechada por protesto
- Foto: Reprodução/TVBA
Cerca de 500 famílias interditaram a estrada do CIA, em Salvador, por quase três horas na manhã desta terça-feira (10), em protesto contra o abandono das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que prevê a construção do loteamento residencial Bom Sucesso, no bairro Nova Esperança.A manifestação da comunidade provocou um engarrafamento de 4 km. A pista foi liberada às 9h. Representantes de Nova Esperança agendaram assembleia para a próxima quinta-feira (12), na Associação de Moradores, com os responsáveis da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
“Estamos esperando a resposta da Conder e eles não fazem nada. E dizem que se a gente fizer podemos perder o dinheiro. Eu estou aqui para desabafar, porque eu não aguento mais, tenho que pedir ajuda. Eles não fazem nada para colocar a gente dentro”, diz a dona de casa Luciana Conceição.
“A Caixa Econômica diz que não libera a verba porque a Conder não faz o projeto como deve ser. E a Conder diz que é a Caixa que dificulta tudo e não libera o dinheiro. Quando você procura saber, diz que está avaliando. E nesse avaliando já tem três anos. A comunidade continua na lama e o dinheiro está na Caixa”, reclama Bernardo Santos, presidente da Associação dos Moradores de Nova Esperança.
A Conder informou que a Caixa Econômica autorizou o repasse do dinheiro para a continuação das obras e que já está tomando as providências.
Já a Caixa Econômica Federal divulgou que a Conder ainda terá que entregar projetos técnicos e documentação para a continuação de outras duas etapas do projeto, que inclui a construção de mais 99 casas, passarelas, equipamentos comunitários e recuperação ambiental.
Entenda o caso
O loteamento Bom Sucesso começou a ser construído em 2009 e, segundo a comunidade, há um ano e meio está abandonado. O canteiro conta com 120 casas inacabadas, sem água, esgoto e luz elétrica. De acordo com associação dos moradores, o projeto inicial da obra teria a construção de 503 casas, urbanização das ruas, área de lazer, escolas, além de ações para gerar emprego e renda.