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Conselho da ONU condena Síria por repressão violenta a protestos

29 ABR 2011 • POR • 17h35
Manifestantes protestam durante orações nesta sexta na cidade de Banias, na Síria - Foto: Reuters
Em reunião de emergência em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas condenou nesta sexta-feira (29) a Síria pela repressão violenta a protestos pacíficos contra o governo e abriu uma investigação sobre as mortes e outros crimes dos quais o regime é acusado.

O Conselho votou resolução pedindo o envio urgente a Damasco de uma missão de investigação.

A medida dos 47 integrantes do conselho apoia a resolução liderada pelos Estados Unidos. Ela foi aprovada por 26 votos a favor, 9 contrários e 7 abstenções. Delegações de cinco países, entre os quais Jordânia, Qatar e Bahrein, se abstiveram de participar da votação.

Mortes em protestos

Pelo menos 16 pessoas morreram nesta sexta vítimas de tiros disparados pelas forças de segurança sírias, em Deraa, berço da revolta no sul do país, segundo militantes dos direitos humanos.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram contra o regime, em particular em Damasco, Homs (centro), Banias (noroeste) e nas regiões de maioria curda, desafiando a proibição do governo.

Ao mesmo tempo, autoridades militares anunciaram que quatro soldados sírios morreram e dois foram sequestrados em um ataque nesta sexta-feira contra um posto militar em Deraa, sul do país. O ato foi atribuído a um \"grupo terrorista armado\".

Os manifestantes, que responderam a uma convocação dos \"jovens da revolução síria\" para uma \"sexta-feira de fúria\", se reuniram em Midan, um bairro de Damasco, informaram militantes.